Silvinei Vasques já é réu por improbidade administrativa. Ele coordenou a corporação durante os bloqueios ocorridos em estradas durante o segundo turno das eleições
Segundo decisão publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (23/12), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) concedeu aposentadoria voluntária ao ex diretor-geral, Silvinei Vasques. O oficial é réu por improbidade administrativa, acusado de usar o cargo indevidamente.
Apesar da publicação ter acontecido apenas nesta sexta, a aposentadoria de Vasques foi concedida dia 21, um dia após ele ser exonerado do cargo dentro do governo Bolsonaro. A exoneração de Vasques foi publicada na última terça-feira (20/12) para acelerar o pedido de aposentadoria, segundo integrantes do governo.
Vale lembrar que Vasques cumpre com o tempo de contribuição determinado pela antiga lei de aposentadoria — que estipula para homens 30 anos de contribuição e 20 anos de atividade policial, independentemente da idade. Ele soma 27 anos de serviços prestados como policial.
O agora aposentado coordenou a corporação durante os bloqueios ocorridos em estradas brasileiras durante o dia 30 de outubro, no segundo turno das eleições. Vasques é investigado por conta das supostas barreiras que a PRF montou em rodovias para abordar ônibus com eleitores, principalmente no Nordeste do país.
Segundo informações divulgadas pelo portal O Globo, Vasques decidiu encerrar a carreira antes do fim do governo Jair Bolsonaro, já que estaria vulnerável a represálias na gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
