Deputados, vereador e bolsonaristas do ES atuavam em ‘milícia digital’, diz Moraes

Deputados, vereador e bolsonaristas do ES atuavam em ‘milícia digital’, diz Moraes

Alvos da operação da Polícia Federal (PF) contra atos antidemocráticos realizada na quinta-feira (15) atuavam como uma “milícia privada digital” que incentiva ataques à democracia.

A informação consta da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra alvos da operação no Espírito Santo (houve também ordens contra investigados em outros 7 estados e no Distrito Federal).

São eles:

O vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos), que foi preso.O jornalista Jackson Rangel, dono do jornal Folha do ES, que foi preso.Os deputado estaduais Carlos Von (DC) e Capitão Assumção (PL), que terão que usar tornozeleiras eletrônicas.O radialista Max Pitangui (PTB) e o pastor Fabiano Oliveira, que também tem mandado de prisão, mas não tinham se apresentado à PF até a quinta-feira.

Veja o que diz o documento sobre eles:

Jackson Rangel

O jornalista Jackson Rangel mantinha o site Folha do ES, de Cachoeiro de Itapemirim. Segundo Moraes, ele usava a plataforma para atacar instituições. Na decisão, o ministro diz que “o site Folha do ES e o pseudo jornalista Jackson Rangel são células de organização que se instalou na rede mundial de computadores para conspurcar a honra, a imagem, a honorabilidade, a moral e dignidade de uma gama de atores constitucionais e, no particular, do Supremo Tribunal Federal”.Rangel acusava, sem provas, o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de integrar esquema de negociatas financeiras e tráfico político. Jackson responde a 30 processos na Justiça acusado de publicar fake news no portal.

Armandinho Fontoura

Armandinho Fontoura é investigado por usar sua rede social para atacar o STF. Em publicações, pedia que fosse colocado “limite nesses bandidos togados” e também por chamava ministros do STF de “imperadores do Brasil”, fazendo críticas que, segundo o documento, “ultrapassam o regular exercício da liberdade de expressão, em tom que se presta a incitar a subversão da ordem e incentivo a quebra da normalidade institucional e democrática”.

Max Pitangui

Max Pitangui, radialista, é investigado por ter feito falas contra a democracia. De acordo com a decisão de Moraes, ele tem”se manifestado de forma abusiva, não só questionando sem provas a lisura do pleito eleitoral, mas também incitando a abolição do próprio Estado Democrático de Direito mediante intervenção militar e/ou tomada violenta de poder, representando verdadeira liderança dos movimentos antidemocráticos”.

Fabiano Oliveira

O pastor Fabiano Oliveira é investigado por integrar movimento chamado Soberania da Pátria, que ataca o sistema eleitoral. Além disso, fez incisivos ataques ao Supremo e incentivou a ruptura da ordem democrática.

Carlos Von

O deputado estadual Carlos Von é investigado por “promover em suas mídias sociais pronunciamentos virulentos e criminosos contra ministros do Supremo”.Além disso, há evidências de envolvimento dele na milícia digital orquestrada em torno do jornal Folha do ES, incluindo o pagamento de valores para que o veículo fizesse publicações a seu favor.

  • Capitão Assumção

O deputado Capitão Assumção é investigado por “promover, diuturnamente, pela rede social, diversos pronunciamentos virulentos e criminosos contra ministros do Supremo”.

Na decisão, o ministro ressalta que “o discurso de ódio em face de órgãos e agentes do Estado de Direito é repreensível quando perpetrado por qualquer pessoa, mas ainda mais reprovável quando incentivada por parlamentar”. Por sua postura nas redes, recentemente o STF mandou retirar do ar a conta do Instagram do deputado.

g1

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