Opinião: A Falta que Zé faz

Opinião: A Falta que Zé faz

A História do MDB da Paraíba se confunde com a própria existência do Ex –Governador José Maranhão ou simplesmente Zé, para todos e, não apenas para os mais próximos.

O Zé maranhão que foi Governador da Paraíba, Senador, Deputado federal e Estadual, sempre foi um homem firme e decidido em momentos crucias do país e, principalmente em momentos decisivos da nossa Paraíba.

Lembro-me de um dia, passando pela Epitácio Pessoa, em frente ao Grupamento de Engenharia, avistei Zé numa loja, imediatamente o chamei em alto e bom som: – “Zé! Zé, posso tirar uma foto com o senhor”? A resposta foi automática, “sim, claro”! Zé era assim, um homem simples e humilde, que teve uma vida pública invejável, um exemplo para todos.

Em momentos que precisou se posicionar, nunca titubeou ou deixou pra depois. Sua história política nos mostra que nunca ficou em cima do muro, nunca deixou dubiedade em suas palavras, era sim, sim ou não, não. Por ter um posicionamento firme e ser intransigente na defesa da democracia, foi perseguido e teve seus direitos políticos suspensos durante a ditadura militar, mas nunca deixou de se posicionar.

Na Constituinte, votou a favor do rompimento de relações diplomáticas com países que adotavam política de discriminação racial, da limitação do direito de propriedade privada, do mandado de segurança coletivo, da proteção ao trabalho contra demissão sem justa causa, da jornada semanal de 40 horas, da pluralidade sindical, da soberania popular, do voto aos 16 anos, do presidencialismo, da nacionalização do subsolo, do limite de 12% ao ano para os juros reais, da proibição do comércio de sangue, do mandato de cinco anos para o então presidente José Sarney (1985-1990), da limitação dos encargos da dívida externa e da criação de um fundo de apoio à reforma agrária. Votou contra a pena de morte, o aborto e a legalização do jogo do bicho. Esse era o Zé de posição firme.

Diante da necessidade de um posicionamento firme, como o de Zé, o que vemos é muita vaidade, ego, e principalmente falta de atitude.

Ah! Como faz falta Zé!

Rogério Ferreira

Foto: Senado Federal

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