A informação foi obtida pela rádio CBN com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). De acordo com as mensagens, João Lopes estaria acusando Mayra de atuar, em conjunto com o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, pela demissão do ministro Marcelo Queiroga.
Troca de mensagens
A CBN apurou que, por meio de mensagens, João Lopes disse que Mayra está “cometendo um crime” e que ela “não tem qualquer lealdade ao ministro [Queiroga]”.
O chefe de gabinete também afirma que sabe da ligação da secretária com o ministro Onyx Lorenzoni e diz que conhece “todos os nomes envolvidos nessa tentativa de retirada do ministro”. Por fim, João teria dito para Mayra ter cuidado e “se preparar”, porque “vai ver a mão de Deus” sobre ela.
A secretária ficou conhecida pela atuação em defesa da cloroquina, comprovadamente sem eficácia contra a doença causada pelo novo coronavírus. Em maio, Mayra Pinheiro foi convocada pela CPI da Covid no Senado Federal para depor e reforçou a defesa do tratamento precoce — bandeira amplamente defendida pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e por seus apoiadores.
‘Ameaça’
O caso foi registrado como “ameaça”, na Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da delegacia eletrônica, com imagens e arquivos de áudio e de vídeo anexados.
O registro, segundo a corporação, foi encaminhado para apuração pelo Departamento de Polícia Federal, em razão da vítima e o possível autor serem servidores públicos federais e “o possível crime de ameaça ter ocorrido em razão do exercício de suas funções[…]. Diante do exposto, determino o encaminhamento do presente expediente ao DPF”, informou a Polícia Civil.
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