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Hanseníase: Grupo de Autocuidado do Clementino Fraga faz roda de conversa no encerramento da programação do Janeiro Roxo

Hanseníase: Grupo de Autocuidado do Clementino Fraga faz roda de conversa no encerramento da programação do Janeiro Roxo

O projeto é coordenado pela professora Rackynelly Soares. “A revista foi lançada em 2024 de forma eletrônica. Hoje, viemos entregar a versão impressa aos pacientes e ex-pacientes do Clementino, pois foi um compromisso nosso, já que o personagem da revista é inspirado em um funcionário e ex-paciente do hospital”, destacou.

A professora explicou ainda que a revista tem como público-alvo as crianças. “Na publicação, tratamos a desinformação e colocamos tudo em uma linguagem infanto-juvenil. Escolhemos assim, para poder educar a base, sabendo que as crianças são ótimas multiplicadoras de informação. É importante dizer que, mesmo em uma linguagem que crianças e jovens entendam, todo o conteúdo foi tecnicamente validado por uma equipe da Secretaria de Estado da Saúde”, informou.

O diretor técnico do hospital, Fernando Chagas, ressaltou que a hanseníase, apesar de ser uma doença muito antiga, ainda existe, mas tem tratamento gratuito e cura. “Temos que incentivar o diagnóstico precoce para que possamos tratar e evitar as sequelas. Por isso, um grupo como este do Clementino é tão importante, pois quem participa vira multiplicador da informação”, disse.

Francisca da Piedade é paciente em tratamento para hanseníase e esteve na reunião do Grupo de Autocuidado pela primeira vez. “A descoberta da doença ainda é recente e ainda me abalo muito. Aqui no hospital recebi todas as informações e o tratamento e fui acolhida com carinho. Quando eu descobri esse grupo, veio uma sensação de alívio, por saber que outras pessoas que já passaram pelo que eu ainda estou vivendo estão bem e vão me apoiar. Estarei sempre nas reuniões”, falou.

Maria da Consolação descobriu a doença há 10 anos e hoje convive com as sequelas, pois tem neuropatia periférica, o que causa dores em seus pés. “Eu descobri rápido, pois tinha informação do que poderia ser, por isso, minhas sequelas são poucas, mas o que me ajuda mesmo são as sandálias feitas aqui no hospital. Elas são leves, parecem plumas e não machucam meus pés”, explicou.

As sandálias que Consolação se referiu são produzidas na oficina de calçados e palmilhas do Clementino Fraga, sob medida, por um sapateiro – especialista em calçados para este público – em parceria com a equipe de fisioterapia do Clementino. Por ano, são confeccionados, em média, 300 calçados.

Grupo de Autocuidado: o GAC tem reuniões toda primeira quarta-feira do mês, às 8h30, no auditório do hospital. Durante os encontros, profissionais de saúde, ex-pacientes, pacientes e seus familiares falam sobre tratamento, sequelas, dificuldades e também das suas vitórias, trocando experiências de vida.