Roda de conversa com transplantados marca ação de conscientização para doação de órgãos no Hospital Metropolitano

Roda de conversa com transplantados marca ação de conscientização para doação de órgãos no Hospital Metropolitano

A ação promovida pela equipe multi de transplante e a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) contou ainda com orientação dos profissionais de saúde, oportunidade que pôde desmistificar alguns mitos e esclarecer dúvidas. Para a médica cardiologista clínica e coordenadora do ambulatório para transplante do Metropolitano, Tauanny Frazão, o Metropolitano é referência tanto em doação de órgãos como também em transplante cardíaco, “por isso que o Setembro Verde é tão importante para toda nossa equipe. Então não esqueça de falar com seus familiares sobre a doação de órgãos, porque no final a decisão é deles”.

Na oportunidade, Joana D’Arc, esposa de José Jonoilton (paciente transplantado há cerca de cinco meses), reforçou a importância da doação de órgãos e que foi graças ao sim de uma família que o seu esposo está vivo. “Estou aqui para dizer a você que seja um doador de órgãos, que seja um doador de vidas. Hoje a qualidade de vida do meu esposo está 100% bem, por conta do seu sim, por conta do sim de uma família, hoje meu marido vive bem. Seja um doador de órgãos”, pediu Joana.

Francisco de Assis Quixaba, que realizou o transplante cardíaco em 2023, agradeceu à família doadora e ressaltou que, se mais pessoas tivessem a sensibilidade em doar, muitas outras vidas também seriam salvas. “Eu não tenho nem palavras para definir o que eu sinto hoje, mas só tenho a agradecer a Deus, à família doadora, a esse hospital, aos colaboradores que cuidaram de mim, que tiveram toda a preocupação comigo. E quero dizer que sejam doadores de órgãos, não tenham receio. Salve vida porque se estou vivo hoje foi porque alguém teve a sensibilidade em doar”, agradeceu o transplantado.

Quem também participou da ação foi Willis Pereira, o primeiro paciente transplantado do coração na rede pública. Ele afirmou que o coração que hoje bate em seu peito é de um jovem de 20 anos de idade, que aos 15 anos já havia informado à família o seu desejo de ser doador de órgãos. “O ato de doar é um ato de amor. E não precisa assinar nenhum papel, basta informar aos seus familiares o seu desejo em ser doador de órgãos. No decorrer da sua vida, você pode salvar outras vidas. Se hoje eu estou aqui, primeiramente agradeço a Deus, segundo à família desse garoto”, ressaltou Willis.

Conforme a enfermeira do CIHDOTT Maíra Aines, o momento foi uma oportunidade de as pessoas verem de perto a importância da doação de órgãos a partir do relato dos transplantados, bem como orientar, esclarecer dúvidas e incentivar o sim à doação.

Transplantes Cardíacos no HM: Desde que foi habilitado pelo Ministério da Saúde, o Hospital já realizou 10 transplantes cardíacos: o primeiro no ano de 2022, quatro transplantes em 2023 e até agosto de 2024 já foram realizados cinco transplantes. Para o diretor técnico Matheus Agra, o aumento significativo no número de transplantes no ano de 2024, que já superou o quantitativo de 2023, se deu devido às campanhas contínuas que são realizadas, tanto pela Central de Transplantes como pelo Hospital Metropolitano.

“Estamos sempre buscando divulgar e incentivar a população a ser doadora de órgãos. Sabemos o quanto é valioso o sim de uma família, que num momento de dor ainda consegue pensar em fazer o bem ao próximo. Então, seja você também um doador de órgãos e vamos ajudar a salvar mais vidas!”, conclamou o diretor.

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