Primeira-dama do Estado inicia visitas técnicas a artesãos que trabalham com papel, homenageados do 39° Salão do Artesanato Paraibano

Primeira-dama do Estado inicia visitas técnicas a artesãos que trabalham com papel, homenageados do 39° Salão do Artesanato Paraibano

Discutir com os próprios artesãos os detalhes da homenagem e saber suas necessidades para aprimorar o trabalho que eles fazem são alguns dos objetivos das visitas técnicas. O Salão do Artesanato Paraibano será realizado, em parceria com o Sebrae, de 10 de janeiro a 2 de fevereiro do próximo ano, na orla marítima da Capital, no estacionamento do Hotel Tambaú, mesmo endereço do ano passado.

A primeira visita de Ana Maria Lins, acompanhada por auxiliares do Governo do Estado, foi ao artesão Babá Santana, no Bairro Mangabeira 4, em João Pessoa, ocasião em que conheceu o trabalho do artista que há mais de 40 anos se dedica ao artesanato. Logo em seguida, a primeira-dama foi até a casa do artesão Adriano Oliveira, desta vez em Mangabeira 2. Por fim, ela conheceu o trabalho do artesão Carlos Apolônio, no Bairro José Américo.

A homenagem aos artesãos que trabalham com as técnicas de papel machê e papietagem foi idealizada por Ana Maria Lins, inspiração que nasceu de uma visita técnica que a primeira-dama fez ao México. “O México é uma referência no artesanato, que tem cores vibrantes e também usa o papel como matéria-prima. Foi daí que nasceu a ideia da homenagem aos artesãos que trabalham com o papel aqui no nosso Estado. Levei a sugestão até o governador João Azevêdo, que ficou muito feliz com a ideia. É uma homenagem muito importante, já que a Paraíba preserva essa arte através de oito artesãos”, observou, destacando o caráter inédito das homenagens — a gestão tem priorizado tipologias que nunca foram homenageadas.

“São poucos os artesãos que se dedicam ao papel machê e também à papietagem. E essa homenagem vem como uma forma de incentivo. Por isso, essas visitas técnicas que estamos fazendo são muito importantes, onde temos a oportunidade de ouvi-los sobre a forma que gostariam de ser homenageados, conhecer o seu trabalho e, principalmente, saber o que o Governo do Estado pode fazer para melhorar as condições de trabalho deles”, ressaltou Ana Maria Lins.

Para a segunda-dama Camila Mariz, que também acompanhou as visitas, a homenagem aos artesãos que trabalham com técnicas em papel vem ao encontro da gestão do governador João Azevêdo. “Como a primeira-dama sempre fala, o governador João Azevêdo, e esse também é o sentimento do vice-governador Lucas Ribeiro, se a gente transformar a vida de uma pessoa, já estamos cumprindo nossa missão. Então, homenagear nossos artistas que trabalham com o papel é fruto da sensibilidade e do entendimento que não é apenas quantidade, mas a qualidade do que se entrega, o envolvimento do artesão e da artesã com aquela peça”, afirmou.

A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, destacou que as visitas técnicas aos artesãos homenageados representam uma etapa muito importante na realização do Salão do Artesanato. “Essa homenagem é feita ouvindo a opinião dos próprios artesãos, seguindo a orientação da nossa presidente de Honra e também do governador João Azevêdo. E é um momento muito rico, que ajuda a toda a equipe do Programa do Artesanato Paraibano a executar da melhor maneira possível toda a concepção do projeto. Com isso, ganham os artesãos e também o público que vai prestigiar o nosso artesanato”, destacou durante a visita, da qual participou também a coordenadora de Capacitação do PAP, Yara Alencar.

O artesanato paraibano é reconhecido como de Excelência pela Unesco, dada a sua capacidade de se modernizar sem deixar de lado a genuinidade e a sustentabilidade. A escolha do papel como tema do 39° Salão do Artesanato vem coroar todo esse processo — já que a matéria-prima tem grande importância para o meio ambiente e para o artesanato em si.

Os homenageados também estão participando de uma oficina criativa com o designer Sérgio Matos — trabalho que resultará em peças que vão compor a decoração temática, mais uma homenagem dentro do Salão do Artesanato, já que a Capital paraibana terá partes do seu Centro Histórico retratadas nas obras.

Perfil dos homenageados — Nascido em Santa Luzia, no Sertão paraibano, Manoel Iremar Santana ganhou da irmã o apelido carinhoso de Babá, que se fortaleceu no ofício de artesão. O filho de uma dona de casa e de um agricultor virou Babá Santana e encontrou no papel uma forma de levar alegria ao coração das pessoas — daí o gosto e o zelo pela confecção de palhaços.

A felicidade por ser um dos homenageados do 39° Salão do Artesanato Paraibano é tanta que, em vários momentos, o criador de peças que mais simbolizam a alegria foi às lágrimas. “Essa homenagem, aqui no meu Estado, é a maior alegria da minha vida, é o maior reconhecimento. Eu não esperava isso nunca na minha vida, porque são poucas pessoas que fazem essa técnica, é um número muito pequeno. E o Salão do Artesanato é uma imensidão de gente, uma enorme estrutura, que vai ser colocada para nos dar visibilidade. Hoje eu entendo o que o governador quer dizer quando diz que olha por todos os segmentos. Eu amo o Programa do Artesanato e me sinto muito feliz com essa homenagem”, externou.

Adriano Oliveira trabalha desde os 14 anos no artesanato, ofício que aprendeu com o mestre Babá Santana. Um dos homenageados, ele também ressaltou o sentimento de felicidade. “Quando recebi a notícia, fiquei entusiasmado, principalmente porque fazia tempo que eu não participava de nenhum Salão. Essa homenagem é também um resgate, já que fiquei cheio de expectativas com essa volta. Agradeço demais essa oportunidade”, disse.

Já Carlos Apolônio começou a se dedicar à arte em papel há quase 30 anos. A consciência ambiental do artista é a fonte de inspiração para a criação de centenas de peças, as mais diversas possíveis. No ateliê dele, no José Américo, é possível encontrar sofás, cadeiras, esculturas, puffs… tudo feito a partir do papel.

“Eu acredito que essa homenagem que nós vamos receber é um estímulo para que a gente continue se dedicando a essa arte, à arte do papel. Por trás de cada peça, é menos papel e outros materiais jogados no meio ambiente. Quero agradecer demais essa homenagem”, concluiu Carlos Apolônio, nascido em Esperança, mas com raízes fortes em Olivedos, ambos os municípios no Agreste paraibano.

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