O Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, pertencente à rede estadual de saúde, foi selecionado pela Comissão Intergestores Bipartite e Ministério da Saúde como uma das unidades hospitalares da Paraíba para participar do projeto “Saúde em Nossas Mãos: Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”, promovido pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), durante o triênio 2024-2026.
Com o objetivo de reduzir a incidência dos principais indicadores de infecção hospitalar, disseminando melhorias nas práticas assistenciais aos pacientes, diminuir o tempo de internação, aumentando a sobrevida dos pacientes, bem como reduzir custos financeiros para o hospital, o programa desta vez será desenvolvido na UTI Cardiológica da unidade hospitalar gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) que possui 20 leitos.
A primeira reunião aconteceu em formato on-line, nessa terça-feira (6), para apresentação das equipes que conduzirão o projeto. Para Mara Fonseca, gerente de enfermagem do Hospital Metropolitano, será “mais um grande desafio e uma excelente oportunidade para trazer melhorias na assistência e segurança aos nossos pacientes, bem como conhecimentos para a equipe multiprofissional”.
A capacitação das equipes acontecerá por meio de encontros virtuais e presenciais, permitindo uma rica troca de experiência entre os hospitais. As melhorias implantadas serão monitoradas por indicadores e por visitas técnicas. O projeto ainda prevê a incorporação de uma rotina de coleta de dados e indicadores relacionados aos protocolos utilizados pela iniciativa. Assim, é possível uma análise mais precisa de indicadores como a quantidade de vidas salvas e a economia gerada para o SUS. Ao final, espera-se que os profissionais utilizem o método, as ferramentas e técnicas necessárias para trabalhar a implantação de protocolos de segurança no hospital.
1ª Edição do projeto – No triênio 2021-2023, o projeto foi aplicado na UTI Neurológica do Metropolitano com o objetivo de otimizar a prevenção das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), gerando uma economia de mais de R$ 1 milhão para o hospital. De acordo com a diretora hospitalar, Louise Nathalie, todas as metas foram atingidas e já no primeiro ano de execução apresentou uma redução de cerca de 90% no número de infecções primárias da corrente sanguínea associadas ao uso de cateter venoso central (IPCS-CVC), superando a meta esperada para o projeto, de redução de 50% até o final de 2023.
Sobre o Projeto – O “Saúde em Nossas Mãos” foi criado com o objetivo de prover o suporte técnico e metodológico quanto à prevenção de infecção primária da corrente sanguínea associada ao uso de cateter venoso central (IPCS-CVC), infecção em trato urinário associado ao uso de cateter vesical de demora (ITU-AC), pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e da higienização das mãos.