É papel da Nutrição Clínica cuidar dos pacientes internados. Ela realiza a triagem nutricional, física, desenvolvendo e aplicando uma dieta individualizada, com o intuito de garantir todos os nutrientes necessários para a recuperação e conforto do paciente, além de atuar na nutrição de produção, que já forneceu 540 mil refeições no primeiro semestre de 2024.
De acordo com a coordenadora da Nutrição, Magda Fialho, o trabalho só é possível, porque é desenvolvido por uma equipe. “O estado nutricional do paciente influencia diretamente na sua evolução clínica, por isso esse acompanhamento é extremamente importante e minucioso. O fluxo inicia com a produção do cardápio, passando pela higiene dos produtos, preparo, transporte e a distribuição aos pacientes”, ressaltou.
Magda Fialho informou que a unidade de saúde oferece aos pacientes graves ou crônicos que necessitam de alimentação pela via enteral, uma dieta. “Realizamos a terapia nutricional enteral quando a alimentação por via oral está impossibilitada ou quando a ingestão desta não fornece a quantidade necessária de nutrientes para manter ou recuperar o estado nutricional do indivíduo. Também temos parceria com os médicos orientando-os na dieta parenteral”, frisou.
Outra vertente da Nutrição é a nutrição de produção. Os nutricionistas cuidam da coletividade sadia (acompanhantes e funcionários que não tenham nenhuma patologia) e a nutrição dos pacientes e colaboradores, que necessitam de dietas específicas para determinadas patologias como diabetes e hipertensão. A média de refeições fornecidas diariamente no complexo hospitalar é de 3 mil refeições. Ao todo são seis: desjejum, lanche, almoço, lanche, janta e ceia. Tanto para colaboradores, quanto para acompanhantes e pacientes.
O Hospital de Trauma de João Pessoa possui outro diferencial que é a humanização dos colaboradores. Para Magda Fialho, a política da coordenação é que cada integrante da equipe da Nutrição tenha um olhar especial. “Cada funcionário que compõe a equipe trabalha com esse intuito, queremos que ao visitarem os leitos, o nutricionista olhe os acompanhantes e pacientes, como se fossem um de nós, isso faz toda diferença no tratamento deles”, concluiu.
Rosenildo Felinto, que acompanhava o seu tio, Severino Alves, que sofreu uma queda em casa e fraturou o fêmur, deu nota máxima para o setor. “Diariamente recebemos a visita de uma nutricionista para acompanhar a evolução do meu tio. A comida daqui é boa, todo dia a nutricionista vem vê-lo, pergunta como estava se sentindo, se estava bem. Ela tem todo o cuidado com a gente, estão de parabéns. A comida sempre vem uma delícia, só tenho elogios para esse cardápio diferenciado e gostoso que chega para gente também”, comentou.
Kit Alta – A equipe da Nutrição também se preocupa com o pós-alta do paciente realizando orientações sobre a alimentação e os pacientes que ainda vão para casa com a sonda nasal. Segundo Magda, a nutricionista orienta sobre o que os pacientes devem comer, a consistência, quantidade e etc. “Nós montamos para o paciente o kit alta, que o paciente pode se alimentar por até dois dias. Ele é composto por dois litros de dieta, que vai de acordo com a necessidade dele”, esclareceu.
Cardápio diferenciado – Para a nutricionista Jéssika Alencar, a refeição adequada faz a diferença para todos. “Nos preocupamos em servir melhor tanto as pessoas internadas, quanto as que estão trabalhando. A gente sempre inova no cardápio, já servimos filé parmegiana, escondidinho de macaxeira, moqueca de peixe, além de atender a parte nutricional com calorias, proteínas adequadas para uma coletividade sadia recomendadas pelo Ministério da Saúde”, ponderou.
Escuta qualificada – Por causa da escuta qualificada individualmente à beira leito, é possível descobrir curiosidades do paciente, como por exemplo, data do aniversário, aniversário de casamento e etc. “Já conseguimos realizar aniversários de pacientes, bodas e até cerimônia de casamento. Também damos mimos aos pacientes durante datas comemorativas, como Páscoa, Dia das Mães, Pais”, completou Magda Fialho.