A paciente de 90 anos estava internada no Hospital Regional de Cajazeiras desde o último dia 10 de julho, quando sentiu fortes dores abdominais. Por ser cardiopata e apresentar sintomas de infarto agudo do miocárdio, foi solicitada a transferência para o Metropolitano, que é referência estadual de alta complexidade em cardiologia e neurologia.
Ao chegar na unidade hospitalar gerenciada pela PB Saúde, a idosa foi recepcionada pelo cardiologista Antonio Brunet, que tem realizado um rastreio clínico para definir o diagnóstico e o procedimento mais adequado. A paciente segue internada em estado estável, consciente e orientada.
Desde a sua implementação, o Programa Coração Paraibano salvou milhares de vidas de paraibanos em todo o Estado. Ele conta com uma estrutura de quatro hemodinâmicas espalhadas em três hospitais, nas três Macrorregiões de Saúde. São duas no Hospital Metropolitano; uma no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande; e uma no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro, em Patos. Além disso, a rede conta com 12 hospitais auxiliares que dão suporte na estabilização dos pacientes e na aplicação dos trombolíticos, a partir de um diálogo via rede de telemedicina, com suporte 24h, por profissionais do Metropolitano, hospital coordenador do programa, e com regulação feita pela Central Estadual de Regulação.
Quem também teve a vida salva graças à agilidade no atendimento que o Coração Paraibano proporciona foi Silvanete Fernandes, de 57 anos, que mora em Ouricuri, em Pernambuco, mas estava passando a semana na casa da filha, Caroliny Fernandes, que também é pernambucana, mas mora em João Pessoa. Ela apresentou sintomas de infarto enquanto estava na casa da filha e, após ser atendida na UPA Bancários, na capital, foi levada rapidamente para o Hospital Metropolitano, onde passou por um cateterismo e uma cirurgia de correção de parede livre, no último dia 10 de julho.
Caroliny conta que tudo aconteceu muito rápido, e de uma forma diferente do que as pessoas associam ao infarto. “Foi bem atípico, porque quando a gente pensa em infarto, a gente pensa logo na dor no peito, mas ela não teve. Sentiu um cansaço e, como é leiga, não soube explicar que na verdade era falta de ar. Quando ela foi piorando, procurei ajuda na UPA e imediatamente eles fizeram o diagnóstico e houve a regulação para o Metropolitano”, contou a filha.
No hospital, ela passou por um cateterismo, que identificou lesões na parede do coração decorrentes do infarto. Após o procedimento, ela foi levada para a cirurgia, que foi realizada no mesmo dia.
“Interessante que minha mãe não tinha nenhuma comorbidade, não era hipertensa, não tinha diabetes, a única coisa que ela tinha é que era tabagista. Como o atendimento foi muito rápido, do diagnóstico até a cirurgia, esse planejamento foi fundamental para que a cirurgia fosse um sucesso e agora ela está evoluindo bem, aguardando apenas receber alta para enfermaria”, completou Caroliny.
Para a diretora do Metropolitano, Louise Nathalie, os investimentos realizados pelo Governo do Estado, por meio também da Fundação PB Saúde, fazem com que o Metropolitano seja referência em assistência, assim como qualificação dos seus colaboradores e infraestrutura. “Quando se fala em cardiopatia, automaticamente o Hospital Metropolitano é citado. Aqui oferecemos atendimentos especializados em diversas doenças cardiológicas e neurológicas, onde o paciente recebe todo acompanhamento, e nos casos cirúrgicos dispomos dos melhores cirurgiões. E nosso propósito é continuar oferecendo o melhor atendimento aos usuários da rede SUS, melhorando cada dia mais”, ressaltou Nathalie
De acordo com o coordenador do Núcleo Interno de Regulação (NIR) da unidade hospitalar, Alexander Carvalho, existe uma regulação específica só para o Programa Coração Paraibano e nos últimos 30 dias já foram regulados mais de mil pacientes em todo o Estado da Paraíba.