O programa de saúde bucal do Hospital de Clínicas de Campina Grande, unidade integrante da rede hospitalar do Governo da Paraíba, foi premiado nessa quinta-feira (13) durante o evento de comemoração dos 20 anos da Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil Sorridente, em Brasília.
A iniciativa foi promovida pelo Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde, que compreendem que o Sistema Único de Saúde (SUS) desenvolve uma das políticas públicas mais eficientes das Américas, sendo reconhecida mundialmente.
A experiência desenvolvida na unidade é voltada ao tratamento integral e humanizado de pacientes na condição de pessoa com deficiência (PCD) ou pessoa com necessidade especial (PNE) e foi apresentada por meio de um trabalho, selecionando previamente entre 28 inscritos.
O coordenador estadual de Saúde Bucal, Marcílio Dias, comemorou o resultado conquistado e destacou o trabalho desenvolvido no hospital. “Dentro das apresentações, o Ministério selecionou entre 28 trabalhos enviados, seis que foram premiados pela relevância do serviço. E para a nossa satisfação um deles foi o nosso atendimento a pacientes PCD/PNE em ambiente hospitalar, no Hospital de Clínicas. Então é um serviço de referência dentro do estado, funciona conforme deve ser, com toda estrutura de equipamentos e profissionais,” comentou.
A coordenadora do serviço no hospital, Cassandra Gomes, enfatizou o impacto do serviço. “O programa representa uma iniciativa inovadora que integra duas áreas em franca expansão na odontologia: a odontologia para pacientes com necessidades especiais e a odontologia hospitalar. E esse trabalho tem impactado positivamente grupos de pessoas com deficiência, que anteriormente enfrentavam desafios no acesso a serviços odontológicos adequados”, disse.
Em um ano e meio de atendimento especializado, o Hospital de Clínicas já realizou cerca de 100 cirurgias em pacientes PCD e/ou PNE, provenientes de mais de 30 municípios paraibanos. Os procedimentos são feitos sob sedação dentro do bloco cirúrgico, com o objetivo de evitar traumas psicológicos e garantir a plena execução da intervenção.
Para ter acesso ao atendimento, os pacientes precisam ser encaminhados pelos cirurgiões-dentistas dos serviços primários e secundários, com laudo/encaminhamento, exames hematológicos e laboratoriais e risco cirúrgico. Esse encaminhamento deve ser feito pelos coordenadores de saúde bucal dos municípios diretamente com a Coordenação Estadual de Saúde Bucal.