Programa Opera Paraíba realiza 250 cirurgias de catarata no Hospital de Trauma de João Pessoa

Programa Opera Paraíba realiza 250 cirurgias de catarata no Hospital de Trauma de João Pessoa

O Programa Opera Paraíba, uma iniciativa do Governo do Estado para facilitar o acesso da população aos procedimentos cirúrgicos, está realizando, neste sábado (27) e domingo (28), 250 cirurgias de catarata no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.

Segundo a chefe do Núcleo de Ações Estratégicas Especiais, Jaqueline Torres, o programa Opera Paraíba aproxima cada vez mais as ações de saúde das pessoas. “Estamos preparados no Hospital de Trauma para atender essa demanda de pacientes. Por meio do programa, já realizamos mais de 2 mil cirurgias de cataratas na unidade de saúde. Para este final de semana atendemos 125 pacientes no sábado e 125 no domingo, cada um veio com um acompanhante. Montamos duas grandes tendas para dar mais conforto aos familiares que aguardavam a cirurgia dos pacientes”, ressaltou.

Ainda segundo Jaqueline Torres, os pacientes recebem orientações antes, durante e após o procedimento. “Os pacientes assim que chegam na unidade de saúde são admitidos, caso não tenham realizado exames pré-operatórios, fazem no hospital. Já os que estão com os exames prontos, são encaminhados para realizar biometria, aferição de pressão e teste de glicemia, e após essas etapas vão direto para o bloco cirúrgico”, explicou.

O coordenador da Oftalmologia, Eduardo Henrique Guerra, disse que a catarata é uma doença da idade, que aparece após os 50 anos e 60 anos, que pode evoluir para perda de visão simples ou severa. “Hoje a catarata é a maior doença causadora da cegueira reversível. É o que vamos fazer hoje, restaurar a visão e consequentemente a qualidade de vida dos pacientes, haja vista que a maioria não consegue realizar atividades simples do dia a dia por não enxergar direito. Portanto, a catarata é uma doença totalmente curável e o paciente fica com 100% da visão restabelecida”, frisou.

Sebastiana de Lima, 73 anos, é de Riachão do Poço, estava com muita dificuldade para enxergar e não via a hora de operar o olho. “Já tinha feito um procedimento no olho direito há três anos, estava lutando para operar o outro desde então. Minha maior tristeza é porque deixei de assinar o meu nome, porque parei de enxergar direito. Agora com essa cirurgia o meu maior sonho é voltar a assinar o meu nome bem direitinho”, comentou alegremente.

Já Antônio Gomes, de 63 anos, de Mari, está fazendo a cirurgia pela primeira vez e estava bastante ansioso. “Estava com muita dificuldade de enxergar, a vista muito embaçada, isso me impossibilitava de ler e realizar atividades que eu amava. Faço parte de uma comunidade católica que leva missões nas casas e estava com muita dificuldade de acompanhar a missão por não conseguir ler, mas hoje estou cheio de esperança de ficar bom novamente. É o meu presente de aniversário, justo hoje volto a ficar feliz. Deus é bom”, disse emocionado.

O procedimento é considerado de baixa complexidade, dura 30 minutos e não precisa de internação. A alta também é dada logo após o procedimento, sendo preciso apenas seguir as orientações pós-cirúrgicas para uma boa recuperação. O paciente retorna ao hospital após 15 dias e já é marcada a cirurgia do outro olho. A cirurgia consiste na retirada do cristalino opacificado e sua substituição por uma lente intraocular. Normalmente, as intervenções são rápidas e realizadas com anestesia tópica (através de colírios), sem a necessidade de pontos.

Ainda segundo Jaqueline Torres, os procedimentos realizados pelo programa atendem às demandas de usuários cadastrados por meio das secretarias de saúde dos municípios, que são chamados de acordo com a ordem de cadastro. “Outra opção é por meio da internet, onde o usuário pode acessar a página do Opera Paraíba, operaparaiba.pb.gov.br, preencher o formulário, anexando seus exames e o laudo médico que confirme a necessidade de uma cirurgia. Então, o paciente é classificado pela Central de Regulação e encaminhado para o hospital executante que atenda seu município de residência”, frisou.

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