As atividades da programação do Mês da Mulher na Economia Solidária, realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh) e da Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (Sesaes), tiveram continuidade na tarde dessa sexta-feira (10) e neste sábado (11), no Largo da Gameleira, no bairro de Tambaú, em João Pessoa.
A feira de artesanato segue neste sábado a partir das 16h e vai até as 20h. São 20 empreendimentos de economia solidária com exposição de inúmeros produtos feitos por mulheres artesãs de várias regiões da Paraíba, como: Pombal, Pocinhos, Mari entre outras. Na feira, a população encontra uma variedade de produtos: panos de pratos, fantoches, artesanatos de materiais reciclados, plantas, patchwork, peças em algodão colorido, arranjos em escama de peixe e etc.
O mês tem como tema Força de Trabalho das Mulheres na Política Pública de Economia Solidária e é destinado às mulheres que integram empreendimentos econômicos solidários atendidos pela Secretaria e entidades de apoio em segmentos como agricultura, artesanato, gastronomia, entre outros. O evento foi aberto na quinta-feira (9), em Campina Grande, e segue até o dia 3 de abril.A secretária executiva de Segurança Alimentar e Economia Solidária (Sesaes), Valéria Aragão, falou que é fundamental a valorização dessas mulheres e dos produtos feitos por elas.
“Aqui fico feliz em participar de um encontro cheio de mulheres que fazem seus produtos com tanto amor e dedicação, cada peça feita tem um valor econômico, mas também emocional. É um desafio, mas iremos construir e desenvolver juntas um fomento na política de Economia Solidária na Paraíba. É com esse olhar sensível que o Governo do Estado quer fazer a Economia Solidária funcionar, dando espaço e visibilidade ao artesanato de todo estado para ganhar voos mais altos”, ressaltou.
Akelly Peres, de Brasília, atualmente morando em João Pessoa, mentora parental, enfatizou a importância do evento não por ser apenas o artesanato, mas sim por ser feito por mulheres. “Esse é o exemplo que quero passar para minha filha, ensiná-la a valorizar o trabalho manual, incentivar o produto feito por mulheres também. Essa feira está encantadora uma diversidade de produtos feitos por mulheres empreendedoras, trabalhadoras, isso é muito importante para a gente, mostra que a Paraíba tem uma diversidade cultural imensa”, enfatizou.
Lídia Maria Barbosa comentou que a proposta dessas feiras é bem interessante. “É maravilhoso, principalmente quando a gente está falando de empreendimentos de economia solidária; é uma perspectiva diferente de produzir até alguma renda, mas focando na saúde mental das mulheres, em produzir, estar ativa, autonomia, autoestima, isto é incrível, são histórias de vidas de mulheres fortes que superaram e hoje participam de cooperativas, vivendo com outras mulheres. Isso é muito positivo, elas se sentem pertencentes”, disse a estudante de psicologia.
Já Gisela Oliveira, integrante e empreendedora do projeto de empoderamento feminino “Bem me Quero”, falou da relevância de expor esses produtos feitos por mulheres que são atendidas no Caps e participam das oficinas. “Nascido de experiências nas oficinas de pinturas abstratas no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Gutemberg Botelho, o projeto agora vem ganhando visibilidade na sociedade. Hoje estamos sendo assessoradas pelo EcoParaíba, e vem sendo uma conquista compor outros espaços. Estar aqui na feira trazendo este trabalho e tornar isso público faz parte do quanto a gente espera de empoderamento feminino, além de transformar o projeto em Economia Solidária”, comentou.
Lanny Nazareno, gerente executiva dos Centros Públicos de Economia Solidária, explica que a Sesaes acompanha diversos grupos por todo estado, e que um levantamento mostra mais de 50% desses grupos direcionados e coordenados por mulheres. “A ideia da feira foi pegar esses grupos e fazer o mês da mulher na economia solidária, a gente fomenta o trabalho dessas mulheres dando visibilidade e valorizando, além de garantir o sustento e a liberdade econômica. Vendo tudo aqui funcionando em sintonia me dá uma sensação de pertencimento e realização, aqui me sinto representada por cada uma dessas mulheres trabalhadoras que inovam diariamente e lutam pelos seus espaços”, finalizou.