Treinar para oferecer melhor eficiência no atendimento aos pacientes. Esta é a principal função do moderno Laboratório de Simulação Realística que está instalado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde), e começou a funcionar há cerca de um mês, tendo formado duas turmas de profissionais, com treinamentos sobre Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), totalizando 178 capacitações pelo projeto Saúde em Cena.
O laboratório dispõe de uma ampla sala com leitos, monitores, equipamentos e acessórios médicos e hospitalares, além de manequins responsivos para estudo das variadas técnicas e procedimentos de atendimento à saúde.
De acordo com o superintendente da Fundação PB Saúde, Daniel Beltrammi, o laboratório é dedicado a todos os funcionários da Fundação, não só os do Hospital Metropolitano. “Este é um espaço em que vamos capacitar todos os nossos profissionais, para entregar o melhor atendimento aos nossos pacientes. Virá pessoas de outras unidades hospitalares à medida que a Fundação assuma essas instituições, e, ao aprimorarem as técnicas, possam disseminar com os demais colegas de profissão”, destacou o superintendente.
O diretor de Atenção à Saúde, Gilberto Teodozio, ressaltou que o conhecimento é a base para a contínua evolução nos processos de assistência e segurança ao paciente. “Sem conhecimento a gente não consegue ter empoderamento, autonomia, reconhecimento, e principalmente os melhores resultados. E como lidamos com vidas, prestar uma assistência segura é a nossa prioridade”, observou.
A coordenação do espaço é de responsabilidade do setor de Educação Permanente do Metropolitano, gerenciado pelo médico Mário Toscano e coordenado pelo enfermeiro Wallison Santos. Segundo Mário Toscano, além da meta inicial de capacitar todos os funcionários, há planos para o laboratório a curto e a longo prazo.
“O objetivo dos cursos é a padronização dos procedimentos, além da utilização de protocolos e consensos internacionais. Nossa meta é atualizar os profissionais, de modo a uniformizar a linguagem entre as pessoas que atuam em áreas diferentes, buscando a cooperação por interdisciplinaridade. Durante as aulas serão identificados os alunos com a capacidade de serem potenciais futuros instrutores, uma vez que a Educação Permanente trabalha em cima disso, de identificar estas pessoas para atuarem dentro do próprio projeto. Além disso, queremos, com este laboratório, seguir com os programas de treinamento nos moldes do que é feito na Associação Americana do Coração, para entrar no suporte avançado e no cardiovascular, de forma que tenhamos, o primeiro Centro de Treinamento Internacional da Paraíba”, pontuou o gestor.
Pleno funcionamento – “É um laboratório espetacular e que nasce de uma forma que eu gosto: uma inauguração oficial depois de cerca de 200 treinamentos já realizados. Isso é bom, porque a gente não quer entregar as coisas que só ficam bonitas na foto, a gente quer entregar coisas que aconteçam, que façam a diferença, como este espaço que já fez a diferença na vida dos profissionais capacitados e dos pacientes assistidos”, disse o diretor Gilberto Teodozio.
As aulas ministradas pelo instrutor Walber Frazão, enfermeiro da PB Saúde, abordou habilidades individuais de compressões torácicas e ventilação na RCP. “Estamos fazendo isso simulando pacientes nas três fases da vida: lactente, criança e adulto, através do uso de manequins responsivos para uma melhor prática. Na última semana, os alunos fizeram um treinamento de ventilação, que é a entrada e saída de ar dos pacientes, com o auxílio da Bolsa Válvula-Máscara (BVM), com teoria e prática de manobras, incluindo um teste de simulação de parada respiratória, entre os próprios alunos participantes”, explicou Walber.
Além dos manequins, também são utilizadas no laboratório ferramentas e instrumentos, como aplicativos de telefone, que auxiliam o que os alunos estão fazendo. “Como trabalhamos a metodologia de simulação realística, precisamos de dispositivos de feedback onde os alunos têm a certeza de que o procedimento está sendo correto. Ao invés do professor corrigir, eles mesmos se corrigem, eles têm a resposta da eficácia ou não da conduta deles”, acrescentou o instrutor.