Fachin quer trazer mais de 100 observadores internacionais para eleições

Fachin quer trazer mais de 100 observadores internacionais para eleições

Ministro Fachin afirmou que comunidade internacional tem interesse em acompanhar de perto as eleições deste ano; presidente Bolsonaro é contra a ideia

O ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), anunciou que a Corte pretende trazer mais de 100 observadores internacionais para acompanhar as eleições de 2022. A declaração foi dada nesta terça-feira (17/5), no evento Democracia e Eleições na América Latina e os Desafios das Autoridades Eleitorais.

“Nossa meta é ter mais de 100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil”, afirmou.

Fachin insiste desde o começo do mês em garantir a vinda de observatórios internacionais. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a iniciativa, chegando a fazer pressão ao Itamaraty para evitar os convites. Nesta manhã, o ministro também anunciou a criação de uma rede para garantir a vinda ao Brasil de observadores da União Europeia.

Segundo Fachin, foram convidados para observar o Brasil:

  • Organização dos Estados Americanos (OEA);
  • Parlamento do Mercosul;
  • Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
  • União Interamericana de Organismos Eleitorais (UNIORE);
  • Centro Carter;
  • Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES);
  • Rede Mundial de Justiça Eleitoral.

Fachin afirmou ainda que o objetivo é “garantir a vinda ao Brasil, antes e durante as eleições, não apenas dos organismos que já mencionamos, mas de diversas autoridades europeias e de outros continentes que tenham interesse em acompanhar de perto o processo eleitoral brasileiro de outubro próximo”.

presidente do TSE ainda relembrou episódios de agressão diante de cenários polarizados, como, por exemplo, a invasão do Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro do ano passado, e os ataques sofridos pelo Instituto Nacional Eleitoral do México. “São exemplos do cenário externo de agressões às instituições democráticas, que não nos pode ser alheio. É um alerta para a possibilidade de regressão a que estamos sujeitos e que pode infiltrar-se em nosso ambiente nacional — na verdade, já o fez”, observou.

Correio Braziliense

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