A partir de agora, passa a valer a bandeira tarifária verde, que é a mais barata do sistema, e que não terá nenhuma cobrança adicional
O Governo Federal anunciou que, a partir deste sábado (16), a conta de luz deixará de ter cobrança extra com o fim da bandeira tarifária da escassez hídrica, a mais cara do sistema. A partir de agora, passa a valer a bandeira tarifária verde, que é a mais barata do sistema, e que não terá nenhuma cobrança adicional.
O governo prevê uma redução de 20% na conta de luz do consumidor residencial, porém especialistas afirmam que as principais distribuidoras devem passar por reajustes tarifários nos próximos meses e que, dessa forma, o benefício obtido com a mudança da bandeira tarifária deve ser diluído ao longo do ano.
A tarifa incide nas contas de luz desde setembro de 2021 e foi criada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) na tentativa de cobrir custos adicionais gerados pela falta de chuvas na ocasião, que reduziu o nível dos reservatórios.
Governo propôs reajustes de tarifas
Na última terça-feira (12), a Aneel abriu uma consulta pública para reajustar os valores das bandeiras tarifárias — cobrança extra aplicada às contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia no país. O reajuste é um procedimento anual.
Pela proposta da agência, os valores das bandeiras amarela e vermelha patamar 1 vão aumentar 56% e 57%, respectivamente. Já a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara, terá redução de 1,7%.
A consulta pública ficará aberta de 14 de abril a 4 de maio. Após esse período, a agência voltará a analisar o assunto.
Apesar dos reajustes propostos, a diretoria da Aneel informou que a tendência é que a conta de luz dos consumidores fique sem essa cobrança extra até o fim deste ano, devido à recuperação dos reservatórios das hidrelétricas.