Uma reportagem nacional do jornal Correio Braziliense, desta terça-feira (18), trouxe que o principal entrave para a federação entre o PSDB e Cidadania está na Paraíba, onde os grupos liderados pelo ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o do governador João Azevêdo (Cidadania) são adversários históricos. Segundo a reportagem com dois meses e meio até o prazo final para o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), partidos patinam no debate sobre as federações, uma das principais novidades das eleições deste ano. Diferenças regionais, como disputas para indicar candidatos a governador e divergência sobre apoio na corrida presidencial, se tornaram obstáculos para que as alianças sejam fechadas tanto entre legendas de esquerda quanto de centro.
Diferentemente das coligações — proibidas nas eleições proporcionais desde 2020 —, as federações vão além da disputa eleitoral: criam uma “fusão” temporária entre as siglas envolvidas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos. Pelo calendário do TSE, partidos e federações que tenham o desejo de participar das eleições de 2022 precisam estar registrados até 2 de abril deste ano, seis meses antes do primeiro turno da eleição presidencial. O apoio às candidaturas ao Planalto, contudo, tem mais tempo para ser discutido, até 15 de agosto.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que as conversas com o PSDB, que começaram no ano passado, estão avançando e que o tema será debatido nas próximas reuniões do diretório e executiva nacionais da sigla. O principal entrave para a federação entre PSDB e Cidadania, de acordo com a reportagem está na Paraíba, onde o PSDB faz oposição a João Azevedo, único governador filiado ao Cidadania e que concorrerá à reeleição. Em dezembro, os tucanos aprovaram a pré-candidatura de Pedro Cunha Lima ao governo estadual. Ele é deputado e filho do ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Questionado sobre a discordância entre as duas legendas no estado, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou que a federação “é possível”, mas deixou claro que os debates precisam ser aprofundados.
PB Agora