Comunicado divulgado na segunda-feira recomenda a imunização para o retorno de militares ao trabalho presencial; críticos dizem que trecho dá a entender que vacinação é obrigatória
A cúpula do Exército Brasileiro avalia a publicação de um comunicado público para esclarecer a recomendação que trata sobre a vacinação contra o coronavírus.
Na última atualização do conjunto de diretrizes do Comando do Exército, divulgada na segunda-feira (3), o comandante Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira recomenda a imunização para o retorno de militares ao trabalho presencial.
A forma como a orientação foi escrita, no entanto, estaria incomodando o presidente Jair Bolsonaro, de acordo com relatos feitos à CNN por fontes palacianas.
De acordo com essas fontes, o texto permite a interpretação de que a vacinação para militares da ativa é obrigatória para o retorno presencial – o que não é.
O trecho em questão explica que, para o retorno presencial, deve ser respeitado o período de 15 dias após a imunização contra o coronavírus.
Para os críticos à redação do texto, o mesmo conjunto de regras, no entanto, abre brecha para interpretação errada quando trata dos casos sem cobertura vacinal, já que a orientação é para que sejam submetidos à avaliação do departamento geral de pessoal.
Procurado, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre as diretrizes aos militares e sobre a possibilidade da cúpula do Exército Brasileiro divulgar uma nota pública para esclarecer a questão.
CNN Brasil Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil