Gaeco protocola nova denúncia contra Ricardo Coutinho na Operação Calvário por recebimento de propina para compra de casa em condomínio de João Pessoa

Gaeco protocola nova denúncia contra Ricardo Coutinho na Operação Calvário por recebimento de propina para compra de casa em condomínio de João Pessoa

Dessa vez, Ricardo é acusado de receber propina na aquisição de produtos agrícolas, possibilitando a compra de uma casa de condomínio em João Pessoa.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) denunciou mais uma vez o ex-governador Ricardo Coutinho na Operação Calvário. Dessa vez, Ricardo é acusado de receber propina na aquisição de produtos agrícolas, possibilitando a compra de uma casa de condomínio em João Pessoa.

Foram citados nesta denúncia os irmãos Raquel Vieira Coutinho e Coriolano Coutinho, além de Denise Pahim, Ivanilson Araújo, Anelvina Sales Neta e o filho de Ricardo, o Rico Coutinho.

Os desvios teriam ocorrido através dos contratos firmados entre o Governo do Estado e empresas fornecedoras de produtos agrícolas, nas gestões de Ricardo Coutinho, de 2010 a 2018, sendo o último ano da segunda gestão a época de compra do imóvel milionário.

A casa comprada foi avaliada em R$ 1,7 milhão, no Portal do Sol. Rico foi denunciado que responsável por simular a compra da casa na intenção de ocultar a origem do patrimônio.

Na peça, o Gaeco disse que Rico, filho de Ricardo, incidiu na conduta criminosa de lavagem de dinheiro, ao simular com Ricardo a compra e venda de imóvel de propriedade do pai, produto de manobras ilícitas.

De acordo com a denúncia, ficou constatado que Ivanilson Araújo, através de suas empresas e através de Anelvina Sales Neta, repassava propinas para Ricardo Coutinho, por meio de Raquel Vieira Coutinho, Coriolano Coutinho e Denise Krummenauer Pahim. Também foi revelado que Rico simulou a compra de um imóvel de propriedade do pai, Ricardo Coutinho, para a ocultação da origem ilícita do patrimônio.

Foram mencionados pagamentos de R$ 300 mil, R$ 50 mil, R$ 30 mil, R$ 10.208, em doações de mercadorias da Santana Agroindustrial, e R$ 7 milhões, referentes à soma dos 10% de todos os pagamentos feitos pela gestão de Ricardo Coutinho ao grupo empresarial de Ivanilson Araújo. Eram transferências feitas para Raquel Coutinho e Coriolano Coutinho e a Denise Pahim.

Os pagamentos de propina eram repassados a Ricardo Coutinho através de transferências feitas por seus irmãos, também conforme a denúncia apurada pelo ClickPB. Ivanilson e Anelvina são apontados como membros das empresas Rural Representações e Santana Agroindustrial, que fraudavam o processo licitatório para que o Grupo Santana sempre vencesse.

O Gaeco pede, na denúncia, R$ 7.390.208,00 de confisco e reparação dos danos morais e materiais. Os mais de sete milhões totalizam os pagamentos de propina que teriam sido feitos a Ricardo Coutinho através de seus familiares.

ClickPB/Walla Santos

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