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O Fim do PERSE: Uma Janela de Oportunidade para Investidores imobiliários para Curta Temporada

O Fim do PERSE: Uma Janela de Oportunidade para Investidores imobiliários para Curta Temporada

O recente encerramento do PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) pode, à primeira vista, parecer uma movimentação restrita ao universo das grandes redes hoteleiras e do setor de turismo tradicional. No entanto, para o investidor imobiliário que aposta em flats e unidades voltadas à locação de curta temporada, essa mudança representa uma oportunidade estratégica.

Com o fim das isenções fiscais que beneficiavam hotéis e pousadas, esses estabelecimentos enfrentarão um aumento inevitável nos seus custos operacionais. Essa pressão deverá, naturalmente, ser repassada aos hóspedes na forma de tarifas mais altas — o que reposiciona o custo-benefício da hotelaria frente ao modelo de curta temporada, como o oferecido via Airbnb e Booking.

Na prática, o hóspede médio — especialmente aquele mais sensível ao preço — tenderá a buscar alternativas mais econômicas, sem abrir mão do conforto e da localização. É exatamente aí que os imóveis de curta temporada ganham vantagem competitiva: eles oferecem experiências mais personalizadas, maior espaço e, agora, preços significativamente mais atraentes quando comparados aos hotéis tradicionais.

Para o investidor de um único flat, isso significa maior taxa de ocupação, aumento da diária média e um retorno mais consistente, especialmente em centros urbanos e cidades com vocação turística. Trata-se de uma reconfiguração natural do mercado, onde a eficiência do modelo peer-to-peer se torna ainda mais evidente diante do novo cenário fiscal da hotelaria.

O fim do PERSE, portanto, não é apenas uma mudança na legislação: é um realinhamento das forças do mercado que favorece o investidor ágil, estratégico e atento às dinâmicas da nova economia de hospitalidade.

Por Diógenes Paulino