O procedimento foi realizado, na segunda-feira (9), na paciente Rosilene Fernandes Vieira, de 59 anos, que foi encaminhada à unidade administrada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) pela Central Estadual de Regulação para tratamento de câncer de endométrio.
“Primeiramente eu procurei o serviço de uma unidade de pronto atendimento e fui encaminhada aqui para o Edson Ramalho, onde fui muito bem tratada por toda a equipe. Eu me internei no domingo, fui operada e, graças a Deus, já estou de alta”, comentou dona Rosilene, que reside no bairro de Tambiá, em João Pessoa, e recebeu alta hospitalar na terça-feira (10).
De acordo com o oncologista Rammon Chaves, a linfadenectomia pélvica e retroperitoneal por videolaparoscopia consiste em um procedimento de abordagem minimamente invasiva para retirada dos linfonodos.
“Esses linfonodos nada mais são do que gânglios linfáticos, que estão próximos do nódulo a ser tratado. Então, a partir de uma ação como essa, com a ajuda de uma videolaparoscopia, nós conseguimos potencializar a eficiência do procedimento e acelerar o tratamento, para que o paciente consiga ter mais qualidade de vida e uma recuperação mais rápida. Em menos de 48 horas a paciente realizou o procedimento e recebeu alta, já com o devido encaminhamento para o tratamento adequado”, explicou o médico, que é diretor técnico do Hospital Edson Ramalho e compôs a equipe que atuou na videolaparoscopia.
Quem também participou da realização do procedimento foi o oncologista Cícero Ludgero. Ele destacou que a PB Saúde realiza a gestão para que as unidades administradas estejam efetivamente capacitadas para atender às demandas de programas como o Paraíba Contra o Câncer. “É importante a unidade hospitalar estar estruturada e com corpo médico devidamente preparado para fazer uso de técnicas modernas. O Governo do Estado e a Fundação vêm desenvolvendo esse trabalho e nosso time tem atuado para oferecer o melhor atendimento para os pacientes”, pontuou o especialista, que responde pela direção hospitalar do HSGER.
Paraíba Contra o Câncer – O Programa foi criado pelo Governo do Estado para acolher e dar celeridade ao tratamento de pacientes oncológicos. Os investimentos previstos são da ordem de R$ 40 milhões ao ano, incluindo custeio, expansão dos serviços nos hospitais da rede estadual, cirurgias, diagnóstico e quimioterapia.
O acesso é por meio da Central Estadual de Regulação, que estabelece uma fila única no programa. As equipes especializadas são compostas por oncologistas clínicos e enfermeiros navegadores, responsáveis por coordenar o acesso do usuário à realização de procedimentos de diagnóstico, estadiamento e tratamento, com o uso da Teleoncologia, já em funcionamento desde maio em todas as macrorregiões de Saúde.