Segundo a coordenadora da recepção do Ambulatório, Flávia Medeiros, a instalação do espaço kids é uma iniciativa de humanização, “em que enxergamos uma oportunidade de melhorar a ambiência e a estadia das crianças que vêm até o Hospital Metropolitano”.
Ela disse ainda que o espaço criado foi pensado para as crianças se divertirem, interagirem e passarem o tempo enquanto aguardam o atendimento médico. O local é equipado com mesinha, cadeiras, brinquedos e materiais de desenho e pintura. “O espaço kids permite que as crianças brinquem e se expressem artisticamente, contribuindo para um tempo de espera mais divertido e menos estressante”, explicou Flávia.
Para a mãe do pequeno João das Neves, Flaviane Lima, o espaço ajuda a controlar a ansiedade pela espera em ser atendido, ficando menos cansativo para ela também. “Minha filha já faz acompanhamento no hospital e essa é a primeira vez que João se consulta aqui. Achei muito bom esse espaço com os brinquedos porque ele se distrai e fica menos ansioso enquanto espera ser atendido. E também dá uma aliviada para mim, ficando menos cansativo”, pontuou Flaviane.
De acordo com a psicopedagoga do Hospital Metropolitano Janielly Fernandes, um espaço lúdico, principalmente para as crianças que estão em um contexto hospitalar, é muito importante, pois ajuda a criança a ir regulando as suas emoções.
“A gente sabe que essa questão da espera é um pouquinho cansativa, até para a gente que é adulto, imagine para uma criança. Então ali ela está entretida, tem um ambiente lúdico, todo preparado e pensado nela, fazendo com que a criança também vai se auto regulando e ela consiga ali tirar um pouquinho do seu estresse daquele momento de espera”, explicou Janielly.
A unidade hospitalar já conta com um espaço kids na recepção do Centro de Diagnóstico de Imagens (CDI) e de uma brinquedoteca no setor de internação pediátrica, onde além dos brinquedos é proporcionado, quinzenalmente, uma sessão de cinema. O que para a coordenadora de psicologia do Hospital Metropolitano, Vaneide Delmiro, representa o cuidado na promoção do bem-estar físico, emocional e psicológico das crianças que necessitam do serviço hospitalar.
“O hospital pode representar para a criança uma experiência ruim, pois não só a afasta de sua rotina e da convivência dos seus familiares e amigos, mas também lhe coloca diante dos desafios diários que são os procedimentos hospitalares. Neste sentido, ofertar espaços onde a criança pode se expressar brincando, auxilia na elaboração da experiência de adoecimento e internação, na redução da ansiedade e medo, incentiva a interação social, estimula a criatividade e o senso de imaginação, humaniza o cuidado ofertado, impactando na recuperação da criança e, por conseguinte, no bem-estar dos pais/responsáveis, além de outros benefícios”, explicou Vaneide.
Conforme a diretora hospitalar, Louise Nathalie, o espaço lúdico é importante porque faz com que as crianças continuem com a sua rotina, com a rotina que tem em casa, na escola. E com o brincar, elas conseguem se distrair mais desse espaço hospitalar, usando a sua imaginação, atividades pedagógicas, brinquedos e jogos.
“O hospital oferece as condições para que elas consigam se dissipar um pouco da própria realidade que estão vivendo aqui no hospital, e consiga de fato ter a sua vida de criança de volta, que é o brincar. A medida reflete em priorizar não apenas os tratamentos médicos, mas também o bem-estar emocional dos pacientes e seus acompanhantes”, enfatizou a diretora.
