De acordo com o cirurgião cardiovascular Thiago Vila Nova, o TAVI consiste em colocar uma prótese no anel valvar aórtico, e o implante é feito por meio de uma punção na virilha, pela artéria da perna. A prótese é guiada por um cateter, através de radioscopia e ecocardiografia, até ser posicionada no anel aórtico.
“Essa é uma técnica minimamente invasiva para tratar a estenose da válvula aórtica em pacientes com mais risco cirúrgico, ou seja, pacientes com contraindicação à cirurgia convencional, normalmente por algum problema específico ou por idade avançada. Por causa do tipo de procedimento, os pacientes tendem a ter uma recuperação mais rápida e um retorno precoce às atividades cotidianas em relação aos que são submetidos às cirurgias convencionais”, disse Thiago.
Conforme relatou Nivaldo Júnior, filho do paciente, seu pai, apesar da idade avançada, sempre foi muito saudável e não tinha problemas cardíacos. “Mesmo com 81 anos, meu pai é uma pessoa muito saudável, não tinha problemas cardíacos e foi a primeira vez que surgiu esse problema. Devido a idade dele, o médico optou pelo procedimento da TAVI por ser menos invasivo. Graças a Deus ocorreu tudo sem intercorrência e a nossa expectativa é que ele viva bem por mais uns 10, 20 anos”, afirmou.
Na oportunidade, Nivaldo também elogiou o tratamento humanizado recebido pelos profissionais do Hospital Metropolitano e agradeceu por todo o acompanhamento, desde a consulta até a realização do implante.
O Hospital Metropolitano foi o primeiro hospital público no Estado da Paraíba a realizar esse tipo de cirurgia de alta complexidade e alto custo, em maio de 2019, em um paciente de 83 anos. Outros dois TAVI foram realizados na unidade, em julho e setembro de 2023, sendo o dessa quarta-feira o primeiro a ser realizado após a habilitação pelo Ministério da Saúde, que aconteceu no dia 11 de abril.
A decisão do Ministério da Saúde de incorporar aos procedimentos realizados na unidade, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), foi destinado para o tratamento de estenose aórtica grave, em pacientes com perfil de alto risco para cirurgia de troca de válvula aórtica convencional (peito aberto), com idade igual ou superior a 75 anos.