Referência na Paraíba em procedimentos neurológicos, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade do Governo do Estado gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde) em Santa Rita, já realizou 1.210 procedimentos neurológicos no primeiro trimestre de 2024. Desse total, 777 foram cirurgias adultas e pediátricas; e 433 procedimentos de neurorradiologia intervencionista.
Quem faz parte dessa estatística é o paciente Carlos José da Silva, de 59 anos, da cidade de Cabedelo. Há dois anos, ele faz acompanhamento clínico no Hospital Metropolitano para tratar uma estenose do canal vertebral (quando o canal vertebral por onde passam os nervos fica estreito) e, na última quinta-feira (11), recebeu alta hospitalar após a realização da cirurgia de artrodese lombar, que consiste em fundir duas ou mais vértebras com parafusos, hastes metálicas, conectores e espaçadores biocompatíveis para reduzir a instabilidade da coluna, indicada pelo neurologista, uma vez que o paciente não estava mais respondendo ao tratamento medicamentoso.
“Eu já fazia acompanhamento neurológico e o tratamento com medicação, mas as dores foram aumentando e o médico fez a indicação da cirurgia. Graças a Deus, deu tudo certo, e só tenho a parabenizar toda a equipe do hospital pelo atendimento e acolhimento que recebi aqui”, relatou Carlos.
Além dele, outro exemplo é a paciente Maria Helena Leandro, de 65 anos, da cidade de Paulista, no Sertão, que estava internada no Hospital Regional de Pombal, após um episódio de convulsão, no feriado da Semana Santa. Depois da realização de alguns exames, a equipe médica optou por transferi-la para o Hospital Metropolitano, onde seria possível fazer uma investigação mais aprofundada. Com a realização dos exames de imagem foi detectado um tumor cerebral, necessitando a realização da cirurgia de urgência para a retirada.
De acordo com a filha da paciente, Elisângela Leandro, o tumor só foi descoberto devido à convulsão e ela considera um verdadeiro milagre a mãe estar viva. “Nós não sabíamos da existência desse tumor e o médico disse que graças a Deus que deu essa convulsão, pois a partir daí que foi detectado o tumor. Eu creio que Deus nos colocou aqui, porque em tudo ele tem um propósito. E o milagre da vida da minha mãe já começou, pois ela vai sair daqui curada”, afirmou Elisângela.
De acordo com o neurocirurgião da unidade hospitalar, José Lopes, os fatores mais importantes para que o Hospital se consolide como referência para a alta complexidade neurocirúrgica do estado da Paraíba são: a estrutura hospitalar e a equipe neurocirúrgica capacitada.
“O Metropolitano vem se consolidando ao longo do tempo como a maior referência para a neurocirurgia, o que envolve, principalmente, dois fatores: estrutura hospitalar e equipe neurocirúrgica capacitada. Temos um hospital totalmente equipado com uma UTI de retaguarda, uma estrutura de bloco cirúrgico e de hemodinâmica de primeiro mundo. Temos microscópios cirúrgicos, aspirador ultrassônico, hemodinâmica 3D, que facilitam essa logística do paciente, culminando com o resultado de mais de 1.200 procedimentos neurocirúrgicos no primeiro trimestre de 2024. Outro fator importante para movimentar essa logística é a equipe neurocirúrgica. Temos 22 neurocirurgiões trabalhando de domingo a domingo para manter essa estrutura funcionando e dar conta da demanda do estado”, enfatizou José Lopes.
A diretora do Hospital Metropolitano, Louise Nathalie, ressaltou que a unidade hospitalar também oferece os serviços de atendimento ambulatorial com várias especialidades como: Parkinson, Epilepsia, Distonia, Cefaleia, Síndrome de Chiari, Tumor, Túnel do Carpo, Síndrome de Guillain Barré, Neuralgia do Trigêmeo, entre outras. Ela ainda destacou os serviços cardiológicos que também colocam o hospital como referência em todo o Estado, bem como o crescimento no número de transplantes de coração, que apenas nesse primeiro trimestre já realizou três procedimentos, enquanto que durante todo o ano de 2023 foram realizados quatro transplantes.
Acesso ao serviço – De acordo com a coordenadora do Ambulatório, Patrícia Monteiro, para ter acesso ao serviço o paciente precisa buscar uma unidade de saúde de qualquer município paraibano e receber o primeiro atendimento. A unidade emitirá uma Autorização de Procedimentos Ambulatoriais que será levada para a regulação municipal. A Regulação Municipal enviará um e-mail com a solicitação para Regulação Estadual que irá agendar o atendimento no ambulatório do Hospital Metropolitano.