A Saúde da Paraíba é também uma referência de sucesso na gestão da assistência farmacêutica no Nordeste e recebeu, nesta terça-feira (12), no Centro de Dispensação de Medicamentos Especiais (Cedmex) e no Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) uma visita da comissão técnica da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte (RN) que veio entender como funciona a gestão da política da Assistência Farmacêutica, especialmente como se dá o funcionamento das Unidades de Dispensação de Medicamentos (UDMs), que no Estado se configuram como as farmácias descentralizadas do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf).
De acordo com a gerente-executiva de Assistência Farmacêutica, Wênia Brito, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte está interessada em compreender a experiência da Paraíba na descentralização das farmácias do Ceaf para os municípios. “Atualmente, apenas 10 municípios na Paraíba possuem farmácias descentralizadas. A descentralização traz benefícios para os munícipes, como facilitar o acesso aos medicamentos sem precisar se deslocar para cidades maiores. Após a descentralização, é importante ter um controle e monitoramento total do processo”, explicou.
O grupo veio do Rio Grande do Norte para conhecer a experiência de sucesso da gestão de assistência farmacêutica da Paraíba, com o objetivo de melhorar seus processos de gestão, principalmente no componente especializado. A equipe buscou entender como a Paraíba estabeleceu uma relação eficiente com os municípios para garantir um atendimento mais próximo da realidade dos cidadãos, bem como a organização da logística e gestão de medicamentos. A ideia é aplicar essas aprendizagens no Rio Grande do Norte para ampliar o acesso e descentralizar o serviço.
Para o diretor técnico da Unicat do Rio Grande do Norte, Thiago Vieira, a expertise da Paraíba na assistência farmacêutica foi o que trouxe a equipe ao estado para aprender como funciona o processo de gestão e tentar melhorá-lo naquele Estado. “Nós sabemos que existe uma série de dificuldades quanto à questão de logística, de estruturação de chegada, de capilarização de medicamentos, então a gente queria ver como a Paraíba hoje trabalha com uma quantidade maior de unidades, como é que ela se preparou para atender essas unidades, para que a gente também consiga repensar a nossa lógica. É claro que cada Estado vai ter as suas fragilidades e suas potencialidades, e a gente queria entender melhor como isso foi organizado aqui na Paraíba, para que a gente consiga também repensar a nossa estratégia no Rio Grande do Norte”, argumentou.
A gestão farmacêutica do Ceaf é um grande desafio em todos os estados, entretanto, a Paraíba conseguiu ampliar essa gestão com o apoio dos municípios, e essa experiência exitosa da Paraíba é uma das expectativas do Rio Grande do Norte também. Entender como é feita essa relação com os municípios no sentido de garantir o atendimento mais próximo da realidade da moradia do cidadão e compreender como está organizado todo esse processo de logística e gestão, tanto do Ceaf como também da assistência farmacêutica como um todo.
Segundo a comissão técnica farmacêutica do Rio Grande do Norte, o modelo de eficiência do processo de descentralização da assistência farmacêutica da Paraíba é uma experiência infinitamente melhor para o paciente, mas é uma maior responsabilidade para o Estado, que precisa fazer e garantir o medicamento para o paciente no momento em que ele precisa do tratamento.
