Debates sobre Inteligência Artificial e Fake News marcam abertura do Seminário de Transformação Digital

Debates sobre Inteligência Artificial e Fake News marcam abertura do Seminário de Transformação Digital

Discussões sobre Inteligência Artificial, transformação digital na administração pública, segurança de dados e o enfrentamento das notícias falsas, conhecidas por Fake News, nortearam os debates na abertura do 3º Seminário de Transformação Digital, nessa quarta-feira (21), no Intermares Hall, em Cabedelo. O evento ocorre até esta sexta-feira (23) e é promovido pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties)

A programação conta com palestras, dois hackathons, minicursos e oficinas. As inscrições são gratuitas e continuam abertas pelo link https://secties.pb.gov.br/seminariodetransformacaodigital.

De acordo com o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Cláudio Furtado, todo o evento foi pensado para deixar a população, de forma geral, inteirada sobre a transformação digital. “É muito importante discutir e debater vários pontos de vista a respeito desses assuntos. Do ponto de vista do Governo, precisamos discutir a melhor forma de poder atender à população e deixá-la informada sobre a questão das leis e de como a gente pode regular para manter a preservação dos direitos das pessoas”, explicou.

O secretário de Estado da Administração, Tibério Limeira, enfatizou que a transformação digital tem sido uma das pautas prioritárias do Governo do Estado. “É muito importante que a gente possa realizar, cada vez mais, encontros como esse. É exatamente aqui que a gente semeia e faz com que as ideias floresçam e a gente possa colher os frutos mais na frente, trazendo cada vez mais transformação digital, cada vez mais modernização, cada vez mais agilidade, segurança para que o cidadão e a cidadã possam se beneficiar deste processo”.

O superintendente do Sebrae-PB, Luiz Alberto Amorim, ressaltou a importância de colocar em prática os temas discutidos durante o Seminário. “Esse é um momento de aproveitar, no sentido de fazer e aplicar aquilo que se inova. Precisamos desenvolver mais alguns lugares que, vamos dizer assim, estão em estágio atrasado e para isso o Seminário é muito importante, pois conversamos sobre como podemos avançar e fazer com que os outros avancem também”, comentou.

Também participaram da abertura, o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), Antônio Guedes Rangel Junior; o secretário estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, Gilmar Martins; a secretária executiva de Ciência e Tecnologia de João Pessoa, Danyele Raposo; e o diretor Administrativo Financeiro da PBGás, Thiago Romero.

Palestras

A palestra de abertura foi apresentada pelo diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Propriedade Intelectual do Ministério das Relações Exteriores, Luciano Mazza, com o tema “Diplomacia digital: oportunidades e desafios da agenda internacional”. Ele falou sobre como o Brasil vai encaminhar as discussões sobre combate às Fake News e a democratização do acesso à tecnologia ao G20, grupo formado por ministros e instituições financeiras das 19 maiores economias do mundo, mais a União Africana e a União Europeia, do qual o Brasil ocupa a presidência temporária desde dezembro.

Em seguida, o professor Rafael Evangelista, da Unicamp, falou sobre “Desafios e estratégias no enfrentamento às Fake News” e as estratégias das plataformas para prender o usuário em consumo contínuo. “É um modelo de negócio voltado para a exploração dos nossos dados. É um modelo de vigilância que sustenta as plataformas”, observou. “Alguns autores têm tratado isso como a ideia de capitalismo de vigilância. Ou seja: uma nova fase de capitalismo onde os dados têm esse protagonismo”.

O presidente do Conselho Diretivo da Agência para a Modernização Administrativa de Portugal, João Paulo Salazar Dias, apresentou a palestra “Modernização administrativa”. Na sequência, a professora pesquisadora do Laboratório de Aplicações em Inteligência Artificial da UFPB, Thaís Gaudencio, apresentou painel sobre “As tendências da Inteligência Artificial”.

Por fim, a palestra central foi realizada por Marielza Oliveira, diretora da Divisão para Inclusão Digital, Políticas e Transformação do Setor de Comunicação e Informação da Unesco e Renata Mielle, coordenadora do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.Br). Com mediação do secretário estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, Gilmar Martins, elas palestraram sobre o tema Governança e Sustentabilidade: Transformação Digital na Administração Pública.

Hackathons

O Seminário ainda contou com a Hackathon Transformação Digital, promovida pela Secties, e a Hackathon Soluções Digitais para a Cultura, promovida pela Secult-PB. Cada uma delas propôs problemas onde participantes criaram soluções inovadoras e que utilizem tecnologias como aplicativos web, mobile e hardware.

Jackson Santos, estudante de ciência de dados da UEPB pelo projeto Limite do Visível foi um dos participantes e comentou sobre a importância dessa oportunidade. “Esse hackathon tem essa proposta de incentivar jovens para desenvolver tecnologias e soluções para que a gente possa colocar em prática o que aprendemos na faculdade. Temos três dias para desenvolver o protótipo da demanda que foi colocada, que é para implementar uma solução para uma empresa, e a gente acredita que o grupo vai conseguir resolver o problema da empresa que no caso é a PBGás”, comentou.

A Hackathon Transformação Digital, promovida pela Secties, propõe, como desafio, estruturar de forma unificada a gestão de dados das políticas públicas do estado da Paraíba, utilizando Inteligência Artificial para as demandas sociais, promovendo transparência, confiabilidade, participação cidadã e eficiência na entrega de serviços públicos.

Já o desafio proposto na área de cultura será uma plataforma digital acessível e intuitiva que permita aos agentes de cultura a produção de “projetos culturais instantâneos”, de modo a atender sobretudo expressões das culturas populares e tradicionais e artistas e grupos culturais independentes. Para pareceristas e gestores, a plataforma precisa garantir a organização e fluidez do processo de seleção.

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