Projetos da Fundação Casa de José Américo recebem consultoria de especialista do Arquivo Público de São Paulo

Projetos da Fundação Casa de José Américo recebem consultoria de especialista do Arquivo Público de São Paulo

A Fundação Casa de José Américo encerrou, nesta sexta-feira (24), a série de atividades relacionadas à consultoria recebida da paleógrafa Judie Abrahim, diretora técnica do Núcleo de Paleografia do Arquivo Público do Estado de São Paulo (Apesp). A assessoria técnica prestada pela especialista tanto atendeu a demandas específicas do projeto Manuscritos de José Américo de Almeida: Identificação e Descrição de Documentos quanto propiciou novos olhares sobre a lida com arquivos pessoais.

Desde que chegou à Paraíba, no último dia 16, Judie se reuniu com coordenadores dos projetos desenvolvidos na Gerência de Arquivos da FCJA e realizou oficinas com os servidores. Também ministrou palestras abertas a todos os interessados nos temas com os quais trabalha: A Importância da Paleografia para o Arquivista, na quarta-feira (22), na Universidade Estadual da Paraíba, e Organização de Arquivos Pessoais e seus Desafios, no auditório do Sesc Cabo Branco, na quinta (23).

A última palestra foi uma demanda da própria equipe, e acabou atraindo profissionais de outras instituições. “O trabalho com arquivos pessoais é realmente desafiante. Apresentei uma metodologia exitosa, já aplicada em outros acervos, e creio que também dará bons resultados aqui”, disse ela, que também é especialista em organização de arquivos.

Sobre os manuscritos de José Américo, a paleógrafa adiantou que a decodificação da grafia do escritor se mostra bastante promissora. “Esse acervo é uma espécie de celeiro, um roteiro da gênese literária. Nos rascunhos já decifrados do escritor, é possível identificar crônicas, dados autobiográficos e apontamentos diversos sobre literatura e política, além de anotações do cotidiano familiar, como uma receita de dieta, por exemplo. E ainda tem muito para ser estudado e identificado”, observou.

Antes de encerrar a sua participação nessas atividades, Judie destacou a riqueza do vasto acervo da FCJA e a comparou ao Instituto de Estudos Brasileiros, da Universidade de São Paulo (IEB-USP). “É o IEB da Paraíba, só que mais bonito”, brincou.

Tanto a vinda dela quanto as pesquisas que a Gerência de Arquivos está desenvolvendo são frutos de uma parceria entre a FCJA, a Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq) e a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties).

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