Na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, os participantes deverão dissertar sobre os “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. O texto (de até 30 linhas) precisa ser dissertativo-argumentativo. Ou seja, as ideias precisam estar embasadas por explicações fundamentadas e argumentações sobre o assunto. Os participantes também contam com textos motivadores para desenvolverem os seus conceitos.
Competências e critérios – As redações são avaliadas de acordo com cinco competências e a nota pode chegar a mil pontos. Por outro lado, há critérios que conferem nota zero, como fuga ao tema, extensão total de até sete linhas, trecho deliberadamente desconectado do tema proposto, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa e desrespeito à seriedade do exame. Não houve mudanças nos critérios para o Enem 2023.
Correção – O processo de correção é monitorado pelo Inep em todas as suas etapas e segue, rigorosamente, os parâmetros estabelecidos pelo Instituto. Os textos podem passar por até quatro correções para o cálculo da média final. Os profissionais selecionados para isso atendem a critérios de formação, como graduação em letras e linguística, e formação continuada, com exigência mínima de mestrado para as funções de supervisor e subcoordenador. Além disso, é exigida experiência comprovada em coordenação de correção de produção textual em avaliação educacional, exames ou concursos.
Capacitação – O Inep capacitará os corretores após a aplicação das provas, com base nas regras e diretrizes já apresentadas na Cartilha do Participante. Nesse contexto, cabe pontuar que o material orientador elaborado para os corretores ainda será entregue a tempo de ser utilizado nas capacitações presenciais.
Enem – O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).
Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitar as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.
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