Marta, a maior de todos os tempos, encerra seu ciclo em mundiais: ‘Não era nem nos piores pesadelos a Copa que eu sonhava’

Marta, a maior de todos os tempos, encerra seu ciclo em mundiais: ‘Não era nem nos piores pesadelos a Copa que eu sonhava’

Aos 35 do segundo tempo, a placa de substituições subiu. O número 10 em vermelho significava que Marta sairia de campo. A rainha notou, tirou a faixa de capitã do braço e chamou a companheira Rafa. Ela, então, entregou a braçadeira para Rafaelle, zagueira da Seleção. Diante de muitos aplausos, Marta deixou o campo pela última vez em um Mundial.

No estádio de Melbournea maior de todos os tempos encerrou seu ciclo em copas do mundo. Em seis mundiais, Marta participou efetivamente da evolução do futebol feminino no Brasil, mas não teve a despedida que esperava.

“Não era nem nos piores pesadelos a Copa que eu sonhava”, lamentou a craque.

Foi um jogo de muitas despedidas em copas. O último hino do Brasil cantado com toda a vontade, mesmo quando a organização do estádio cortou uma parte, e também os últimos momentos em campo.

No primeiro jogo como titular na Austrália, mostrou categoria para dominar e já encontrar a colega mais bem posicionada e usou a experiência para indicar os melhores caminhos. O chute no primeiro tempo saiu prensado e as entradas duras incomodavam, é claro, mas pareciam ser muito pouco para quem já passou por tantos obstáculos para chegar até aqui.

A maior artilheira em copas do mundo, entre homens e mulheres, com 17 gols, não conseguiu marcar nesse Mundial.

Veio a substituição e, do banco, ela torceu para o Brasil desempatar a partida. Quanta história deve ter passado pela cabeça da rainha ao ouvir o apito final.

“Eu termino aqui, mas elas continuam. E vocês pediram renovação, está tendo renovação. Eu quero que as pessoas no nosso Brasil continuem tendo o mesmo entusiasmo que estavam tendo quando começou a Copa, que continuem apoiando, porque as coisas não acontecem de um dia para o outro”, disse Marta.

E muita coisa mudou desde que Marta disputou o primeiro Mundial, em 2003, com 17 anos.

“A Marta acaba por aqui, não tem mais Copa para a Marta. Eu estou muito grata pela oportunidade que eu tive de jogar mais uma Copa e muito contente com tudo isso que vem acontecendo no futebol feminino do Brasil e do mundo. Porque, para elas, é só o começo. Para mim, é o fim da linha agora. Obrigada”, se despediu Marta.
Fonte: G1

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