A nova aeronave do Programa Coração Paraibano – a Bombeiro 02 – realizou, na noite dessa quarta-feira (14), o primeiro resgate aeromédico interestadual da Paraíba. Heitor Lopes Oliveira, de 6 meses, estava internado no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) na cidade de São José do Rio Preto, em São Paulo, onde realizou uma cirurgia para correção de uma cardiopatia congênita, e voltou para a Paraíba para continuar o tratamento pós-operatório no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade gerenciada pela Fundação Paraibana de Gestão em Saúde (PB Saúde).
O tenente Emanuel, do Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba, foi o piloto do voo e ressaltou que a nova aeronave trouxe um aumento da capacidade operacional para o resgate aeromédico da Paraíba, possibilitando até mesmo um local para transporte de acompanhante. “Essa nova aeronave proporciona uma melhor ergonomia de transporte para os pacientes, realizamos o trajeto com mais segurança por ser uma aeronave muito mais preparada e versátil. A partir de hoje, também conseguiremos trazer o acompanhante junto com o paciente, então realmente a diferença dessa máquina é notória”, frisou o piloto.
De acordo com a coordenadora da cardiologia pediátrica do Hospital Metropolitano, Lara Dantas, Heitor é um bebê que tem síndrome de Down e foi diagnosticado com uma cardiopatia congênita chamada Defeito Septo Atrioventricular. “Como precisávamos operar esse bebê ainda bem pequeno, foi necessário transferi-lo para o HCM, em São José do Rio Preto, pois aqui ainda não realizamos esse tipo de procedimento em bebês tão pequenos”, explicou a médica.
Lara informou que Heitor, inicialmente, foi atendido por ela no Hospital Infantil Arlinda Marques, onde ela realizou o acompanhamento ambulatorial até que o pequeno conseguisse a vaga para cirurgia. A cardiologista pediátrica informou que ele conseguiu a vaga e o procedimento foi realizado no dia 15 de maio.
“Então, ele realizou o procedimento cirúrgico para a correção da cardiopatia no HCM e tudo ocorreu conforme planejado, todos os defeitos foram corrigidos, mas infelizmente ele teve uma bronquiolite e ficou muito grave, precisou de muitos cuidados e o hospital de lá pediu nossa retaguarda para receber ele e finalizar os cuidados dele aqui, na cidade dele, com a família mais próxima”, relatou Lara Dantas.
Quem veio como acompanhante de Heitor no voo foi a mãe dele, Juliana Lopes de Oliveira, de 39 anos. Ela relatou que não sabia que seu filho seria o primeiro a participar de um resgate aeromédico interestadual e acrescentou que foi importante receber todo esse suporte de forma totalmente gratuita pelo SUS.
“A equipe que nos trouxe foi extremamente profissional, nos deu muito apoio e segurança, eles realmente estão de parabéns. Graças a Deus foi um voo tranquilo, então eu me sinto privilegiada por ter esse apoio para trazer meu filho para nosso estado e podermos ficar perto da nossa família depois de dois meses fora. Eu tinha medo de trazer ele para cá e não ter a assistência que ele estava tendo lá, mas aqui no Hospital Metropolitano o atendimento está sendo excelente, todas as necessidades do meu filho estão sendo atendidas e eu estou muito feliz, realmente só tenho a agradecer todo o apoio que recebi”, disse Juliana