O governador João Azevêdo participou, na tarde desse sábado (4), no Salão do Artesanato Paraibano, em João Pessoa, do lançamento do livro “Catarse Literária”, escrito pela reeeducanda da Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão Marina Oliveira, resultado das políticas de ressocialização e humanização adotadas pelo Sistema Prisional do Estado.
Na ocasião, o chefe do Executivo estadual participou, ainda, da solenidade de assinatura de 62 contratos do Empreender-PB da modalidade Artesanato, totalizando R$ 442 mil. Na oportunidade, o chefe do Executivo estadual externou alegria pelos resultados obtidos com as ações de ressocialização e humanização nas unidades prisionais do Estado. “Fazer a diferença na vida das pessoas alegra qualquer um. Tenho muita felicidade por, na condição de governador, celebrando uma festa como esta — o lançamento de um livro de alguém que está privada de liberdade. Isso tem uma alcance que muita gente nem imagina. Como exemplos como este são referência para outras pessoas que estão naquela unidade prisional.
Governo para isto: olhar para todo mundo, oferecer oportunidade a todos os segmentos”, afirmou. “Os projetos de ressocialização que nós temos na Paraíba são de reconhecimento nacional. São condições reais que este Governo oferece para quem, verdadeiramente, queira reconstruir sua vida, tomar novo rumo.
A Paraíba é o estado brasileiro que, proporcionalmente, teve o maior número de pessoas privadas de liberdade aprovadas em universidades. É uma coisa fantástica — significa dizer que a educação está chegando em cada unidade prisional”, continuou João Azevêdo.
A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, também ressaltou a alegria pela história de superação de Marina Oliveira. “É um livro que vai trazer ao leitor muita emoção — porque, além de bem escrito, resultado do talento de Marina, é um livro verdadeiro, trazendo seus sonhos e também as tristezas que viveu. Fico muito feliz com esse exemplo de superação. É uma rede voltada para oferecer oportunidade a quem deseja uma segunda chance, incluído aí o Programa do Artesanato Paraibano, expondo tudo o que é produzido através do projeto de ressocialização “Castelo de Bonecas”, entre outras parcerias”, afirmou.
Ao lado da esposa, Camila Ribeiro, o vice-governador Lucas Ribeiro ressaltou que o exemplo da reeducanda Marina Oliveira é cada vez mais frequente graças às políticas de ressocialização. “A Marina nos mostra, com este belo exemplo de superação, que é necessário que o Estado ofereça uma segunda chance. E os vários projetos do Sistema Prisional, como o ‘Leitura que liberta’ e o ‘Castelo de Bonecas’ têm esse propósito que tanto nos orgulha”, comentou.
“É um exemplo de superação muito grande e nós, do Programa do Artesanato Paraibano, estamos muito felizes por termos dado a nossa pequena contribuição para essa linda história de Marina”, comentou a gestora do PAP, Marielza Rodriguez.
O secretário de Estado da Administração Penitenciária (Seap), João Alves de Albuquerque, evidenciou o momento histórico para o Sistema Prisional paraibano. “É um momento ímpar, muito importante. E não é para menos: temos a história de uma reeeducanda que escreveu um livro no cárcere. Tudo isso graças a um trabalho que vem sendo feito pelos diretores das unidades prisionais, seguindo à risca a política de ressocialização do Governo do Estado”, disse.
“É um momento de extrema importância para todos nós que fazemos o Governo do Estado, a Administração Penitenciária. Isso demonstra o fortalecimento da política de inclusão”, emendou João Rosas, gerente de Ressocialização do Sistema Prisional.
A secretária de Estado do Desenvolvimento Humano, Pollyanna Dutra, evidenciou o papel do Estado na transformação da vida das pessoas. “A importância maior de um momento como este é a gente entender que as pessoas têm solução, que o Estado não pode fomentar a violência. O Estado tem de propor as oportunidades que lá atrás foram negligenciadas”, comentou.
Já a secretária de Estado da Mulher e Diversidade Humana, Lídia Moura, ressaltou que o cumprimento dos direitos humanos são o melhor caminho para a reinserção. “É um momento muito especial, que prova que os Direitos Humanos são o melhor caminho para reinserir as pessoas na sociedade — o respeito, a oportunidade, o processo de formação como o Governo do Estado oferece. Temos de destacar o papel que coube a Marina, porque ela fez o seu melhor, agarrou esta oportunidade”, observou. Superação — De Santa Rita, município da Região Metropolitana de João Pessoa, Marina Oliveira foi condenada a cumprir 20 anos de prisão por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.
Na Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão, localizada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, ela conheceu o Projeto Castelo de Bonecas, a primeira grande oportunidade, que a transformou em artesã profissional. Ela nem esperava que o grande momento — o lançamento do seu livro “Catarse Literária” ainda estava por vir.
“É um momento de gratidão, de conquista. Estou muito honrada pela oportunidade que me deram mesmo estando em condição de cárcere. Agradeço a Deus, ao governador João Azevêdo, a pessoas como a diretora da Penitenciária Júlia Maranhão e ao jornalista Josélio Carneiro, que percebeu que o material poderia render este livro, organizado pela jornalista Jailma Santos”, comentou Marina.
Na plateia, parentes e amigos que ela conheceu na unidade prisional, como a missionária Sandra de Souza. “Vai fazer dois anos que, graças ao trabalho de evangelização, conheço Marina. Uma mulher humilde, que, com fé em Deus, acredita na mudança, que está acontecendo”, disse.
Editado pela Editora A União, Catarse Literária relata o cotidiano de Marina Oliveira, assim como outros assuntos oriundos de sua criatividade, inspirados sempre nas fases de sua vida. Logo em seguida, a reeducanda participou de uma tarde de autógrafo no estande da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), cuja Editora A União editou a obra.
Empreender-PB — O governador João Azevêdo assinou, também neste sábado (4), 62 contratos do Programa Empreender-PB Artesanato, totalizando R$ 442.800. O secretário executivo do Empreender-PB, Fabrício Feitosa, destacou a importância da linha de crédito para os artesãos. “O Empreender-PB já liberou pela linha artesanato mais de R$ 1,6 milhão. Neste Salão, estamos liberando R$ 442.800, com 62 contemplados. Como é uma atividade sazonal, é muito importante para que o artesão possa se preparar já para o Salão de Campina Grande”, observou.
Logo em seguida, o governador João Azevêdo percorreu os estandes, conversou com artesãos e destacou a importância do 35° Salão do Artesanato Paraibano, que nesta edição homenageia a cultura indígena. “Podemos afirmar com convicção que foi um dos maiores Salões que já tivemos, não só pelo número de inscritos, mas também pelo volume comercializado, superior aos R$ 2 milhões”, acrescentou.
O Salão do Artesanato será realizado até este domingo, em uma megaestrutura montada na Orla de Cabo Branco, logo após o antigo Jangada Clube.