O Porto de Cabedelo, na Paraíba, está passando por uma fase de expansão única em sua história. E um dos destaques desse crescimento é o aprofundamento do canal de navegação, atualmente com 9,14 metros de profundidade e que passará a ter 11 metros. Com um investimento de quase R$ 100 milhões, a obra permitirá a vinda de navios com uma capacidade de carga de 55 mil toneladas, 57% a mais do que os que escalam atualmente.
Os trabalhos foram contratados em março do ano passado pelo Governo Estadual e são executados pela DTA Engenharia. Com 60% de sua programação realizada, a dragagem de ampliação deve ser concluída neste semestre. Segundo a Companhia Docas da Paraíba, com as novas dimensões do acesso aquaviário, será possível a atração de novas cargas e operações para o complexo marítimo – entre elas a vinda de navios de cruzeiros, já em negociação com a operadora MSC Cruzeiros, uma das principais em atuação no litoral brasileiro.
Outro destaque na atual fase de expansão do porto é a implantação de um porto seco, um terminal retroportuário alfandegado e, portanto, autorizado pela Receita Federal a receber cargas de exportação para a realização de seu processo de despacho e as de importação quando ainda estiverem em trânsito aduaneiro (portanto, antes de sua liberação aduaneira). A instalação da unidade está sendo negociada pelo Governo do Estado e a empresa Agesbec e deve ocorrer na cidade de Caaporã, no litoral sul da Paraíba, a 60 quilômetros de Cabedelo, gerando 224 empregos diretos e um investimento de R$ 20 milhões. Um protocolo de intenções entre a autoridade estadual e a companhia foi assinado no último dia 16.
Segundo a Companhia Docas da Paraíba, a nova unidade vai melhorar a logística do porto, evitando congestionamentos nos seus acessos e aumento a sua competitividade.
Porto
Com 602 metros de cais, o Porto de Cabedelo está localizado na margem do estuário do Rio Paraíba do Norte, no noroeste da cidade de Cabedelo, na Região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba. Sua área de influência se estende além do estado, englobando Pernambuco e Rio Grande do Norte.
O complexo conta com silos com capacidade de armazenagem para 35 mil toneladas, 14 mil metros quadrados de armazéns cobertos (para carga geral e granéis sólidos) e 18 mil metros quadrados de pátios (contêineres e carga de projeto) e pátios de tancagem (granéis líquidos). Seu acesso ferroviário o liga a toda a Região Nordeste, mas está desativado, enquanto o rodoviário, a BR-230, é integrada à BR-101 e, assim, à toda a malha nacional. Conta ainda com uma rede de dutos.
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