Escândalo do MEC: após prisão, pastor diz que iria ‘destruir todo mundo’ se família fosse atingida

Escândalo do MEC: após prisão, pastor diz que iria ‘destruir todo mundo’ se família fosse atingida

Arilton Moura, investigado por supostos pedidos de propina a prefeitos, fez a afirmação em telefonema a advogada depois de ter sido preso na quarta pela PF. Ele foi solto no dia seguinte.

Um dos pastores investigados e presos sob a acusação de atuar informalmente junto a prefeitos para liberação de recursos do Ministério da Educação, Arilton Moura afirmou após ter sido preso que iria “destruir todo mundo” se a investigação atingisse sua família.

A conversa na qual Moura trata da investigação se deu pouco após a detenção do pastor, na última quarta (22).

Em telefonema interceptado pela Polícia Federal, o pastor conversa com uma advogada. Moura diz a ela que já havia sido detido pela PF e que havia chegado à sede da corporação no Pará. O pastor demonstra preocupação com a esposa e pede à advogada que a tranquilize.

“Eu preciso que você ligue para a minha esposa, acalme minha esposa. Porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo”, afirmou o pastor.

Em resposta, a advogada disse: “Fica tranquilo. Entra em oração para se acalmar e a gente cuida das coisas por aqui”.

Arilton Moura foi detido em Belém (PA), no âmbito da operação Acesso Pago, da Polícia Federal, que também deteve preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, os presos na operação foram soltos nesta quinta (23).

Arilton Moura é apontado pelas investigações como um auxiliar do pastor Gilmar Santos. Os dois são investigados por supostamente pedirem propina a prefeitos em troca de liberação de verba e investimentos do Ministério da Educação para municípios.

Polícia Federal apontou que Moura teria pedido ao empresário José Brito, de Piracicaba, o pagamento R$ 100 mil em troca da realização de um evento da pasta no interior de São Paulo.

De acordo com a PF, desse montante, R$ 30 mil foram repassados para o ex-assessor da Prefeitura de Goiânia Hélder Bartolomeu, genro do pastor, que também foi preso na operação e posteriormente solto.

g1

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