O ex-sindicalista Arimatéia França disse na tarde desta sexta-feira (6), que causou surpresa o seu afastamento do cargo de secretário-geral do PT-PB pelo presidente estadual da legenda, Jackson Macedo. Ele garante que não houve qualquer aviso sobre o seu afastamento pessoal e do seu agrupamento (Paulo Freire), que é vinculado ao agrupamento nacional Construindo um Novo Brasil (CNB).
França é filiado ao partido há 35 anos, foi um dos fundadores da CUT regional em Campina Grande, além de ter ocupado a presidência da Central Sindical estadual em duas oportunidades. “Sempre estive na direção do partido a nível municipal e Estadual. Não tenho nada que me desabone. É importante lembrar que coordenei várias campanhas eleitorais locais e até de presidente. Então, causou-me muita surpresa essa atitude arbitrária, ilegal, ditatorial do presidente do PT estadual”, declarou.
Arimatéia França informa que vai recorrer às instâncias internas do PT na próxima semana, já que foi eleito democraticamente para o cargo na executiva do partido. “Lamento profundamente o ocorrido. Deveríamos estar unindo forças para derrotar o presidente Jair Bolsonaro, que vem massacrando o povo brasileiro. Mas o que estamos vivenciando internamente no PT paraibano é essa situação de desunião, que é resultado dessa postura autoritária de Jackson Macedo. Ele vem criando um clima hostil internamente, passando inverdades sobre a política paraibana a direção nacional do partido. Não sei a quem ele quer agradar no âmbito local”, questionou. Na avaliação de França há uma perseguição por parte de Macedo ao agrupamento Paulo Freire que foi formado e oficializado em abril deste ano durante evento na cidade de Sapé.
Executiva recebe críticas
O agrupamento ‘Muda PT’, que reúne diversas correntes do Partido dos Trabalhadores da Paraíba, afirmou que enviou nesta sexta uma carta ao Diretório Nacional da legenda, onde expressa a desaprovação pelos últimos atos da executiva estadual, afiançados pela executiva nacional.
No documento, o grupo critica as últimas decisões do Diretório Nacional, como a punição de petistas históricos, e mais recentemente a deposição de dirigentes do partido da executiva estadual.
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