A primeira-dama do Estado e presidente de Honra do Programa do Artesasnato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, esteve, nesta quarta-feira (27), nos municípios de Serra Redonda e Alagoa Nova, ocasião em que conheceu o trabalho de artesãs bordadeiras que serão homenageadas no 34° Salão do Artesanato Paraibano, que ocorrerá de 8 de junho a 3 de julho, em Campina Grande, com o tema “Bordados que contam histórias”.
Acompanhada pela gestora do PAP, Marielza Rodriguez, Ana Maria Lins discutiu com as artesãs detalhes da realização do evento, que vai contar com a participação de 400 expositores de todas as regiões do Estado.
Em Alagoa Nova, considerado o centro de produção do bordado na Paraíba, a primeira-dama do Estado conheceu o trabalho desenvolvido pela Associação dos Artesãos de Alagoa Nova (Asnova) e pela Cooperativa das Bordadeiras.
Na segunda-feira (25), o governador João Azevêdo anunciou a abertura das inscrições para o 34° Salão do Artesanato, que podem ser feitas no Instagram do PAP, no perfil @artesanatopap, até o dia 8 de maio.
O evento é um dos mais aguardados pelos artesãos por ocorrer numa época bem típica para o segmento, as festividades juninas e durante o Maior São João do Mundo.
Em Serra Redonda, a primeira-dama do Estado destacou a importância de conhecer o trabalho das artesãs e saber as expectativas delas para o Salão do Artesanato. “É uma visita que tem o objetivo de trazer o artesão, a artesã para dentro desse processo, que é a realização do Salão do Artesanato.
Aqui, nós discutimos o que eles esperam para o evento, as suas necessidades e, assim, oferecer um apoio mais efetivo. É importante esse olhar de quem está dentro do processo. Isso explica, em boa parte, o sucesso dos Salões que temos realizado”, afirmou.
Na ocasião, Ana Maria Lins conheceu o trabalho da artesã Evanilda Cavalcante, de 74 anos. Dona Dida, como é conhecida, faz bordado desde os 12 anos de idade, arte que aprendeu ainda com a mãe. “A vida no Sítio Taboca, onde nasci, era muito difícil e, já naquela época, a minha mãe resolveu fazer bordado para complementar a renda”, contou.
Sem esconder as boas expectativas que tem com o 34° Salão do Artesanato, Dona Dida, que também é mestra labirinteira, agradeceu a visita da primeira-dama, destacando a importância da iniciativa nas ações adotadas pelo Governo do Estado em prol do segmento.
“É primordial receber a visita da primeira-dama do Estado, mostrar o nosso trabalho e também o que a gente deseja para o Salão”, comentou.
“Aqui em Serra Redonda, muitos idosos morreram com a pandemia; por isso, nem os filhos eu visitava. Estou muito ansiosa para o Salão e espero estar completamente recuperada”, acrescentou, fazendo referência a um atropelamento que sofreu.
Durante o encontro, ficou decidido que as artesãs bordadeiras serão homenageadas individualmente. A representante de Serra Redonda é Maria do Socorro Alves, bordadeira há mais de 50 anos. “Fiquei muito feliz em saber que vou representar a minha cidade, as minhas amigas. O bordado é feito com todo carinho, a maioria à mão, e nada mais que justo ele ser homenageado, outro motivo que me deixou muito feliz”, comentou.
Centro do bordado – Em seguida, Ana Maria Lins foi até o município de Alagoa Nova, onde conheceu o trabalho desenvolvido no Centro Artesanal Raimundo Asfora, em parceria com o Governo do Estado, Sebrae, Prefeitura Municipal de Alagoa Nova e Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
“Estamos hoje aqui para ouvir vocês, conhecer seus anseios e expectativas para a realização do 34° Salão do Artesanato, oportunidade em que vocês serão homenageadas. Contem sempre com o apoio do Governo do Estado”, discursou Ana Maria Lins.
O vice-prefeito do município, Júnior Walfredo, ressaltou que as ações do Governo do Estado em prol das bordadeiras de Alagoa Nova fazem parte da grande parceria do município com o Executivo estadual.
“A visita da primeira-dama ao nosso município para conhecer de perto o nosso bordado, que agora ganha fôlego, simboliza o compromisso do governador João Azevêdo com a nossa população. Temos muito a agradecer as ações na área de educação, o Tá na Mesa, asfalto.
É um conjunto de ações que tem melhorado a qualidade de vida da população de Alagoa Nova”, comentou.
A primeira-dama do município de Alagoa Nova, Gilvânia Luna, também agradeceu a presença da primeira-dama do Estado. “As bordadeiras do nosso município estão em festa com a visita da primeira-dama do Estado, Ana Maria Lins. Nosso bordado é forte, com presença no Brasil e no exterior, e só temos a agradecer a parceria com o Governo do Estado, que tem fortalecido essa tradição”, comentou.
Iniciado ainda na década de 1950, o projeto do Centro Artesanal Raimundo Asfora ensina a arte do bordado, fortalecendo a técnica em toda a região.
“É com grande satisfação que recebemos a visita da primeira-dama, uma oportunidade de mostrarmos o nosso trabalho e discutirmos a nossa participação no Salão, que aguardamos com muita ansiedade”, afirmou a professora de bordado Rosa Maria Barbosa.
A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, também destacou a importância das visitas técnicas para atender às expectativas das bordadeiras. “As ações que o governador João Azevêdo, ao lado da primeira-dama do Estado e presidente de Honra do PAP, Ana Maria Lins, tem adotado para desenvolver o artesanato paraibano tem essa humanização. É uma gestão que entende que, para ser bom, para ser efetivo, tem que ser decidido em conjunto, com a participação dos maiores interessados, que é o nosso artesão, a nossa artesã. Este primeiro dia de visitas foi muito produtivo”, comentou.
O amor pelo bordado se concretiza nas gerações atuais. Thalilia Santos descreve a importância do bordado para as mulheres de Alagoa Nova. “O bordado significa um grito de independência. É muito importante que a gente tenha esse apoio do Governo do Estado, como participar de um evento como o Salão do Artesanato com total suporte”, comentou.
A grande homenageada – O 34° Salão do Artesanato Paraibano homenageará o bordado, tipologia presente em diversos municípios paraibanos, a exemplo de João Pessoa, Campina Grande, Gurinhém, Serra Redonda e Alagoa Nova. De acordo com dados do PAP, 287 artesãs praticam a arte do bordado.
Criar, à mão ou à máquina, desenhos e figuras ornamentais em um tecido é uma arte que tem na artesã Irineia Galdino uma grande incentivadora. “O bordado para mim é tudo. Sou agricultora e encontro no bordado uma maneira de complementar a renda. Fiquei muito feliz quando soube que o bordado será homenageado nesta edição”, finalizou.