O ex-governador Ricardo Coutinho (PT) é protagonista de um momento, no mínimo, inusitado da Justiça da Paraíba. Nos últimos meses, pelo menos 10 magistrados desistiram de analisar processos contra o petista, tanto na Justiça Comum, quando na Justiça Eleitoral. Desta maneira, denúncias contra ele seguem sem o julgamento do mérito sem ele e a população saber se ele é considerado culpado ou inocente nos processos.
A Justiça Comum, tramita uma ação contra Ricardo por falsidade ideológica. A primeira magistrada designada para o caso foi Shirley Abrantes Moreira Régis em setembro do ano passado. Porém, ela se recusou a assumir o caso, que foi para Antônio Maroja Limeira Filho e também se recusou a aceitar a tarefa de conduzir o julgamento.Com mais uma recusa, dessa vez da magistrada Ana Carolina Tavares Cantalice, o processo foi para o juiz Marcial Henrique Ferraz da Cruz foi o que mais ficou responsável pelo processo, até aceitou a denúncia, mas acabou declinando da competência e entendeu que ele deveria retornar à a 6ª Vara Criminal da Comarca da Capital, no último dia 14 de março.
Com isso, o processo chegou às mãos da juíza Isa Monia Vaneesa de Freitas Paiva, que recusou na terça-feira (5) passada. Então, o processo foi enviado para José Márcio Rocha Galdino, que despachou pela recusa na sexta-feira (8).
A última recusa neste processo, totalizando 7, foi a do juiz Marcos William de Oliveira, que anunciou a sua recusa na última segunda-feira (11).
Já na Justiça Eleitoral, onde tramitam os processos da Operação Calvário, foram três as desistências: Magnogledes Ribeiro Cardoso, Onaldo Rocha Queiroga e, mais recentemente, Hermance G. Pereira, que se declarou suspeito para julgar, foram os magistrados que não quiseram descascar o ‘pepino’.
PB Agora
