Justiça decreta prisão preventiva de mãe suspeita de tortura e morte de filho de um ano, em João Pessoa

Justiça decreta prisão preventiva de mãe suspeita de tortura e morte de filho de um ano, em João Pessoa

Durante depoimento, mulher mudou versão inicial de “queda da cama” e confessou que agredia a criança, que também era vítima do padrasto

A Justiça decretou nesta sexta-feira (1º) a prisão preventiva da mãe do menino de um ano e quatro meses morto nessa quinta-feira (31), em João Pessoa, com indícios de agressões. A mulher passou por audiência de custódia e deve ser levada para o Presídio Feminino Júlia Maranhão, no bairro de Mangabeira, na Zona Sul da Capital. Ela já havia sido autuada em flagrante por suspeita de crime de tortura com resultado de morte da criança.

Segundo o delegado Rodolfo Santa Cruz, da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil, a mulher foi detida, ainda nessa quinta, após prestar depoimento e confessar que agredia a criança, tendo sido foi direcionada inicialmente para a carceragem da Central de Polícia da Capital, onde aguardou a audiência de custódia.

“Ela confessou que cometeu agressões, mas atribuiu as agressões mais ‘brutais’ ao companheiro dela, padrasto da criança, que está foragido, mas já foi identificado”, disse o delegado, que acrescentou que o pai biológico do menino é desconhecido e que a gestação teria sido fruto de uma relação casual.

A versão inicial da mãe era de que o menino teria sofrido uma queda da cama, informação contestada pela equipe médica que o atendeu, que percebeu incompatibilidade entre os ferimentos e o suposto acidente indicado pela mulher. Sobre o detalhamento da violência sofrida pelo garoto, Rodolfo Santa Cruz comentou que o laudo pericial ainda não ficou pronto, mas revelou que a declaração de óbito apontou traumatismo craniano com lesões meningoencefálicas.

A mulher detida tem outros dois filhos. Conforme o delegado, um menino vive com uma tia e uma menina, de quatro anos, filha da suspeita presa com o companheiro foragido, está sob responsabilidade do Conselho Tutelar.

Portal Correio

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