A delegação ucraniana chegou à área na fronteira com Belarus para negociações com a Rússia e as conversas já começaram, informou o governo da Ucrânia.
De acordo com um comunicado, a delegação inclui, entre outros, o ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, conselheiro do chefe do gabinete do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podoliak, e o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Mykola Tochytskyi.
O presidente Volodymyr Zelensky não faz parte do grupo. O país exigiu um “cessar-fogo imediato e a retirada das tropas russas”, disse um comunicado da presidência ucraniana mais cedo.
Neste domingo (27), Zelensky recusou conversas com a Rússia em Belarus, afirmando que o país é cúmplice da invasão, mas deixou a porta aberta para negociações em outros locais. Em um acordo firmado mais tarde, os países optaram por se encontrar em uma região fronteiriça, perto do rio Pripyat, localizado ao norte do país ucraniano.
Alexander Lukashenko, presidente da Belarus, assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, sem atividades.
Na última sexta-feira, em mensagem de vídeo, o presidente da Ucrânia pediu novamente conversas diretas com o líder russo Vladimir Putin. “Gostaria de me dirigir ao presidente da Federação Russa mais uma vez. Há combates em toda a Ucrânia agora. Vamos nos sentar à mesa de negociações para impedir a morte das pessoas”, disse Zelensky.
“Calmaria” em Kiev
A capital ucraniana teve uma noite “calma” neste domingo (27), disse o Conselho da Cidade de Kiev na manhã de segunda-feira (28) – mas as autoridades alertaram os moradores para permanecerem em casa enquanto os combates continuam.
“No geral, a noite passada foi calma, excluindo algumas brigas com grupos de sabotagem e reconhecimento. No entanto, a cidade estava ocupada preparando sua defesa. Veremos fortificações, armadilhas para tanques e outras estruturas defensivas que apareceram nas ruas de Kiev”, disse o conselho em comunicado.
Mercearias e transporte público em Kiev estão abertos desde as 8h, horário local, embora o metrô funcione com menor frequência do que o normal.
Batalha em Mariupol
De acordo com a agência de notícias Reuters, houve combates em torno da cidade portuária ucraniana de Mariupol durante a noite passada. A informação teria sido passada por Pavlo Kyrylenko, chefe da administração regional de Donetsk, pela televisão nesta segunda-feira (28).
Ele não disse se as forças russas ganharam ou perderam terreno e nem forneceu números de baixas.
Rublo cai 30% e Rússia sobe juros para 20% após enxurrada de sanções
A moeda da Rússia caiu para um recorde de baixa em relação ao dólar dos Estados Unidos nesta segunda-feira (28) como o sistema financeiro do país cambaleou por sanções esmagadoras impostas pelos países ocidentais.
O rublo perdeu mais de 30% de seu valor para ser negociado a 109 por dólar às 4h30 (horário de Brasília), após uma queda anterior de até 40%. O início das negociações no mercado de ações russo foi adiado.
O colapso da moeda fez com que a central russa voltasse a implementar medidas de emergência, incluindo um grande aumento nas taxas de juros de 9,5% para 20%.
Reunião emergencial da Assembleia Geral da ONU
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou, neste domingo (27), uma reunião emergencial da Assembleia Geral, com 193 países membros para tratar da invasão da Ucrânia pela Rússia.
O encontro está sendo realizado nesta segunda-feira (28), enquanto aliados ocidentais intensificam uma campanha diplomática para isolar Moscou.
A votação do conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia não pudesse exercer seu veto. Uma resolução convocando a sessão da Assembleia Geral foi adotada com 11 votos sim. A Rússia votou contra, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram. O Brasil foi a favor.
Espera-se que a Assembleia Geral vote uma resolução semelhante na quarta-feira (1º), disse a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao Meet the Press da NBC neste domingo. Nenhum país tem direito a veto na Assembleia Geral.
O que de mais importante aconteceu no final de semana
- O prefeito da cidade de Berdyansk, na costa sul da Ucrânia, disse que as forças russas entraram e assumiram o controle da cidade
- A Ucrânia e a Rússia concordaram em realizar um encontro na segunda-feira (28) na fronteira com Belarus para discutir o conflito, segundo o presidente Volodymyr Zelensky
- O Conselho de Segurança da ONU aprovou a convocação de uma reunião emergencial da Assembleia Geral da organização
- O Ministério de Relações Exteriores do Brasil anunciou que cerca de 100 brasileiros ainda estão na Ucrânia e 80 já saíram do país
- A Ucrânia resistiu e repeliu ataques da Rússia, em especial contra a capital Kiev, de acordo com o presidente do país
- EUA, União Europeia, Reino Unido, Canadá e Japão decidiram excluir a Rússia do Swift, um sistema global de pagamentos
- A União Europeia estabeleceu uma série de sanções contra a Rússia, como o fechamento do espaço aéreo para aeronaves do país
- Ao falar sobre a guerra na Ucrânia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o país opta pela “neutralidade”
- O chefe do diplomacia da UE, Josep Borrell, anunciou que o bloco fará novas sanções contra a Rússia na segunda-feira, com foco na elite do país
- A segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, foi palco de uma nova investida russa, com a explosão de um gasoduto
- A Fifa proibiu a Rússia de usar hino, bandeira e sediar jogos
- O enviado especial da CNN Mathias Brotero mostrou refugiados deixando Kiev rumo a Varsóvia em trens lotados
- Milhares de manifestantes se reuniram na Europa para protestar contra ataque russo à Ucrânia
- O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou que o país destinará mais de 2% do PIB para defesa
- O governo ucraniano anunciou o fechamento de fronteiras com a Rússia e Belarus
- Países da Europa anunciaram o envio de reforços e armas para a Ucrânia em meio à invasão da Rússia
- Um prédio residencial em Kiev foi atingido por um míssil, em meio à investida russa contra a cidade
- A Casa Branca cobrou da China uma condenação à invasão da Ucrânia pela Rússia
Google desativa temporariamente dados de tráfego ao vivo do Maps na Ucrânia
O Google, da Alphabet, confirmou neste domingo que desativou temporariamente na Ucrânia algumas ferramentas do Google Maps que fornecem informações ao vivo sobre as condições do trânsito e a movimentação de diferentes lugares.
A empresa disse que tomou medidas para a segurança das comunidades locais no país, após consultar fontes, incluindo autoridades regionais. A Ucrânia está enfrentando ataques de forças invasoras russas.
Imagens de satélite mostram avanço russo em direção a Kiev
Enquanto os ucranianos continuam a repelir os avanços russos em Kiev, novas imagens de satélite mostram que um comboio militar russo de mais de 4,8 quilômetros de comprimento está em uma estrada que segue em direção à capital.
De acordo com Maxar, o comboio foi visto em imagens de satélite no domingo por volta das 10h56, no horário local, na estrada P-02-02 perto de Ivankiv, que fica a cerca de 60 quilômetros a noroeste da capital ucraniana. A estrada P-02-02 vai em direção a Kiev.
A Maxar identificou caminhões de combustível e logísticos, além de tanques, veículos de infantaria e artilharia autopropulsada que circulavam no comboio.
Ministério do Interior ucraniano atualiza número de civis mortos
O número de pessoas mortas na Ucrânia após a invasão russa é de 352 civis, afirmou o Ministério do Interior da Ucrânia neste domingo.
Pelo menos 14 dos mortos são crianças, segundo o ministério. Outras 1.684 pessoas, incluindo 116 crianças, ficaram feridas.
Ainda neste domingo, Oleksandr Svidlo, prefeito interino da cidade de Berdyansk, na costa sul da Ucrânia, disse que as forças russas entraram e assumiram o controle da cidade.
Berdyansk, que tem uma pequena base naval, tem uma população de cerca de 100 mil habitantes.
O prefeito disse que os funcionários foram solicitados a continuar trabalhando, “mas sob o controle de homens armados. Considero esta proposta inaceitável, então nós, como todos os membros do quartel-general operacional, deixamos o prédio do comitê executivo”.
União Europeia anuncia envio de armas para a Ucrânia
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e Josep Borrel, chefe da diplomacia da União Europeia (UE), anunciaram neste domingo que o bloco enviará armas para a Ucrânia.
“Pela primeira vez, a UE financiará a compra e entrega de armas e equipamentos a um país sob ataque”, afirmou Von der Leyen. Mais cedo, a Alemanha havia anunciado que cederá armas para a Ucrânia
“É nosso dever fazer o possível para apoiar a Ucrânia em sua defesa contra o exército invasor de Putin. Por isso, estamos entregando mil armas antitanque e 500 mísseis Stinger para nossos amigos na Ucrânia”, informou o chanceler alemão Olaf Scholz, pelo Twitter.
A União Europeia também irá banir voos, impor novas sanções a Belarus e proibir canais de propaganda russos. As medidas são uma retaliação ao governo do presidente Vladimir Putin, que nesta semana iniciou uma invasão contra o território da Ucrânia.
“Primeiro, estamos fechando o espaço aéreo da UE para aeronaves de propriedade russa, registradas na Rússia ou controladas pelo país. Elas não poderão pousar, decolar ou sobrevoar o território da União Europeia”, disse. “Incluindo os jatos particulares dos oligarcas”.
Dessa forma, o espaço aéreo da União Europeia estará fechado para a Rússia.
Putin ordenou que seu comando militar coloque unidades que incluem armas nucleares em alerta máximo. Putin citou como argumento “declarações agressivas” de líderes da Otan e sanções econômicas contra Moscou.
“Como você pode ver, não só os países ocidentais tomam medidas hostis contra nosso país na dimensão econômica – quero dizer as sanções ilegais que todos conhecem muito bem –mas também os altos funcionários dos principais países da Otan se permitem fazer declarações agressivas ao nosso país”, disse Putin na televisão estatal.
Outra medida também será tomada pela União Europeia. Ursula declarou que as estatais russas Today e Sputnik, e suas subsidiárias, “não poderão mais espalhar suas mentiras para justificar a guerra de Putin”.
Biden se reunirá com aliados
O presidente dos EUA, Joe Biden, fará uma ligação com aliados dos EUA na manhã de segunda-feira para discutir a situação na Ucrânia e sua resposta coordenada, segundo a Casa Branca.
A chamada acontecerá às 11h15 do horário local.
No domingo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e seus colegas do G7 “ressaltaram” a “resposta unificada à invasão da Rússia”, em uma ligação com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, de acordo com uma leitura do Departamento de Estado.
Queremos afetar a elite russa que apoia Putin, diz chefe de diplomacia da UE
O vice-presidente da Comissão Europeia Josep Borrell, responsável pela diplomacia da União Europeia, anunciou neste domingo que o bloco vai anunciar novas sanções contra a Rússia na segunda-feira (28) devido à continuidade da invasão da Ucrânia, e que os próximos alvos serão empresários russos.
“Queremos afetar a elite russa, que apoia Putin e se beneficia desse regime, e além desse pacote de sanções, temos outras sanções que focam em corrupção e desinformação”, afirmou Borrell.
As novas sanções também deverão mirar figuras politicas “que têm um papel chave no governo de Putin, e que disseminam propaganda política e militar”.
Borrell destacou que a decisão de banir a Rússia do Swift precisará ser implementada antes da segunda-feira, quando os bancos centrais ao redor do mundo retomam os seus trabalhos.
Itamaraty anuncia envio de funcionários a Varsóvia para auxiliar brasileiros
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou neste domingo (27) o envio de oito funcionários para Varsóvia, cidade na Polônia que tem recebido pessoas que fugiram da Ucrânia, incluindo brasileiros.
O objetivo, segundo a pasta, é auxiliar os brasileiros que estão na cidade. A recomendação é que brasileiros próximos à fronteira entre Ucrânia e Polônia entrem em contato com o plantão do Itamaraty em Varsóvia, pelo número de telefone +48608094328.
Em nota à CNN, o Itamaraty informou que os servidores “já estão a caminho” de Varsóvia.
Pelo Twitter, o presidente Jair Bolsonaro informou que 37 brasileiros e dois uruguaios chegaram à embaixada do Brasil na Romênia após partir de Kiev, e que todos estão bem de saúde.
Entre os integrantes do grupo estão alguns jogadores do time de futebol ucraniano Shaktar Donestky e seus familiares.
Segundo o presidente, o grupo recebeu “apoio integral” da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa), que custou os custos de transporte rodoviário e de hospedagem na capital romena, Bucareste.
Casa Branca cobra da China condenação à invasão da Ucrânia
A Casa Branca cobrou neste domingo que a China condene a invasão da Ucrânia pela Rússia, enquanto o ataque de Moscou contra seu vizinho continua e o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a colocação das forças nucleares em alerta máximo.
“Não é hora de ficar de lado. É hora de falar e condenar as ações do presidente Putin e da Rússia invadindo um país soberano”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, em entrevista à MSNBC.
Fifa proíbe Rússia de usar hino, bandeira e sediar jogos
Em reposta aos ataques russos à Ucrânia, a Fifa anunciou neste domingo (27) uma série de sanções à seleção russa.
A entidade máxima do futebol determina:
- Que qualquer competição internacional seja disputada em território russo. Partidas “em casa devem ser disputados em território neutro e sem espectadores;
- A associação membro que representa a Rússia só deve participar da competição com o nome “União de Futebol da Rússia (RFU);
- Nenhuma bandeira ou hino da Rússia pode ser utilizado em partidas que a equipe da União de Futebol da Rússia participe.
As determinações foram aprovadas em unanimidade pelo presidente da Fifa e das seis confederações que participam do Conselho da Fifa.
Polícia russa prende mais de 2 mil manifestantes
A polícia deteve mais de 2 mil pessoas em protestos na Rússia contra a invasão à Ucrânia neste domingo (27). Segundo um grupo de monitoramentos de protestos, as manifestações foram registradas em 48 cidades de todo o país.
Desde o início da operação militar, mais de 5.500 foram presas, de acordo com o monitor OVD-Info, que há anos documenta repressão à oposição russa.
Dentre os presos, um repórter do canal de televisão independente Dozhd que não conseguiu convencer os policiais mostrando seu credenciamento e colete de imprensa.
Nos protestos em Moscou, o número de agentes de segurança frequentemente superava a quantidade de manifestantes.
Milhares participam de protestos em Berlim contra a guerra na Ucrânia
- 1 de 6Manifestações em BerlimCrédito: Getty Images
- 2 de 6Segundo a polícia local, mais de 100 mil pessoas ocupam as ruas em BerlimCrédito: Getty Images
- 3 de 6Outros países, como a França, Inglaterra o Brasil, também tiveram manifestações a favor da UcrâniaCrédito: Getty Images
- 4 de 6Cartazes com corações decorados pela bandeira da Ucrânia, símbolos da paz e placas com a pomba da paz, além de dizeres, como “stop, Putin” são levantados pelos manifestantesCrédito: dpa/picture alliance via Getty I
- 5 de 6Manifestações aconteceram depois do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmar ao parlamento alemão, na manhã deste domingo (27), que destinará mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB)Crédito: Getty Images
- 6 de 6Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu que pessoas de todo o mundo se juntem à luta contra a RússiaCrédito: Getty Images
Milhares de pessoas em Berlim, capital da Alemanha, ocupam as ruas em manifestação contra a guerra na Ucrânia ocasionada após a invasão da Rússia.
Mais de 100 mil pessoas se reúnem no parque Tiergarten, localizado no centro da capital alemã, e em frente do Portão de Brandemburgo, localizado na Pariser Platz. Cartazes com corações decorados pela bandeira da Ucrânia, símbolos da paz e placas, além de dizeres, como “stop, Putin” (Pare Putin) são levantados pelos manifestantes.
As manifestações acontecem no mesmo dia em que o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou ao Parlamento alemão que destinará mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para defesa e que irá entregar armamentos para que a Ucrânia se defenda do ataque russo. Uma manifestação contra a guerra na Ucrânia também aconteceu em Madri, na Espanha.
Tropas russas explodem gasoduto em Kharkiv
Ainda neste domingo, tropas russas explodiram um gasoduto na cidade de Kharkiv, disse o serviço estatal de comunicações especiais e proteção de informações da Ucrânia. O Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia afirmou que um prédio residencial de nove andares na cidade foi atingido por “artilharia inimiga” na noite deste sábado, matando uma mulher.
O serviço de emergência disse que a edificação foi amplamente danificada e cerca de 80 pessoas foram resgatadas. A maioria estava abrigada na base.
Nesta manhã, no horário local, autoridades ucranianas informaram que tropas russas conseguiram entrar em Kharkiv. Batalhas foram travadas na região central da cidade.
A informação foi passada pelo chefe da Administração Estatal Regional de Kharkiv, Oleh Synehubov. Synehubov pediu aos moradores que fiquem em abrigos e não se saiam para nenhum lugar. Veículos russos entraram na cidade neste domingo, acrescentou.
“Os veículos do inimigo russo avançaram para a cidade de Kharkiv. Incluindo a parte central da cidade. Aviso! Não deixem seus abrigos!”, alertou o governador Synyehubov em um post no Facebook.
Trens lotados: enviado especial da CNN mostra refugiados deixando Kiev rumo a Varsóvia, na Polônia
A população ucraniana busca oportunidades de sair do país e encontrar refúgio junto aos países vizinhos, e Varsóvia, capital da Polônia, é um dos principais destinos. Cerca de 100 mil ucranianos já entraram na Polônia, e mais de 30 mil pessoas cruzam a fronteira entre os países por dia.
De trem, o transporte durou mais de 22 horas, com um início tenso, já que as luzes são apagadas para que não chamem a atenção da Rússia e virem possíveis alvos.
Ao chegar no país, os refugiados recebem doações, como alimentos e fraudas. Voluntários doam água, comida e roupas. Eles também recebem um passaporte carimbado, autorizando a entrada na capital da Polônia.
Segundo uma publicação da Organização das Nações Unidas (ONU) no Twitter, os números de refugiados da Ucrânia é de 368 mil “e continua a aumentar”.
Explosões iluminam o céu de Kiev na madrugada deste domingo
Duas fortes explosões iluminaram o céu do sudoeste de Kiev por volta de 1 h da manhã no horário local (20 h no horário de Brasília) já deste domingo (27) no país do Leste Europeu. As explosões pareciam estar a 20 quilômetros do centro da capital ucraniana. O céu noturno se iluminou por vários minutos.
As explosões podem ter ocorrido em torno de Vasylkil, cerca de 30 quilômetros ao sul de Kiev. A cidade tem um grande aeródromo militar e vários tanques de combustível.
Um incêndio em uma área de armazenamento de petróleo também foi visto na Base Aérea de Vasylkiv. A CNN verificou um vídeo do incêndio na área de armazenamento de petróleo a sudoeste da pista principal da base aérea.
Além da explosão, um forte tiroteio em um distrito ocidental de Kiev, na noite de sábado, matou um menino de seis anos e feriu várias outras pessoas, segundo um hospital local.
Serhii Chernysuk, médico do hospital Okhmatdyt, de Kiev, disse que os feridos incluem dois adolescentes e três adultos.
Porém, após os ataques da madrugada, a capital ucraniana amanheceu com uma suposta calmaria incomum, diferente do que foi registrado nos dias anteriores.
De acordo com a agência de notícias Reuters, citando fontes do governo, tropas russas foram vistas na cidade de Kharkiv, a segunda maior da Ucrânia.
Por volta das 8 h do horário local, 3 h em Brasília, sirenes voltaram a tocar em Kiev. Pouco tempo depois, uma explosão foi ouvida na cidade. Não há informações do que pode ter causado o estrondo.
Com o alerta das sirenes, a embaixada brasileira em Kiev enviou uma mensagem por telegram pedindo às pessoas para procurarem abrigo.
Ajuda de Austrália e França
A Austrália vai trabalhar com os membros da Otan para fornecer armas à Ucrânia, disse o primeiro-ministro Scott Morrison a repórteres no domingo.
A medida para intensificar o apoio ocorre depois que o primeiro-ministro disse, na sexta-feira (25), que o país forneceria equipamentos militares e suprimentos médicos “não letais”.
A França enviará combustível e equipamentos defensivos para apoiar a resistência ucraniana à invasão russa, disse o governo francês em comunicado no sábado, após uma reunião parcial do conselho de defesa nacional.
A declaração não deu mais detalhes sobre o equipamento defensivo, mas uma fonte do Elysée disse a jornalistas no sábado que isso poderia incluir armas antitanque.
Europa e EUA anunciam que bancos russos estão fora do sistema Swift
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou durante pronunciamento no início da noite deste sábado (26) que alguns bancos russos foram excluídos do sistema global de pagamentos, o Swift. A medida é uma retaliação ao governo do presidente Vladimir Putin, que nesta semana iniciou uma invasão contra o território da Ucrânia.
“Vamos paralisar os ativos do Banco Central da Rússia. Isso vai congelar as transações e vai tornar impossível para o Banco Central para liquidar ativos. E, finalmente, vamos proibir os oligarcas russos de utilizarem seus recursos financeiros em seus mercados”, disse von der Leyen.
Ofensiva da guerra na Ucrânia
Mais cedo, também neste sábado (26), o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que suas tropas receberam ordens para retomar a ofensiva “em todas as direções”. Segundo o órgão, a medida foi decidida porque a Ucrânia “abandonou o processo de negociação” por um cessar-fogo. O governo ucraniano nega que tenha feito a recusa.
Um oficial militar Otan, por sua vez, afirma que a Rússia fala em pausa na negociação como desculpa para seu atraso no avanço da invasão à Ucrânia.
A versão russa
“[Na sexta-feira], depois que o regime de Kiev declarou sua prontidão para negociações, as hostilidades ativas nas principais direções da operação foram suspensas”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, major-general Igor Konashenkov, em um comunicado neste sábado (26).
“Depois que o lado ucraniano abandonou o processo de negociação, hoje todas as unidades receberam ordens para continuar sua ofensiva em todas as direções, de acordo com o plano de operação”.
As declarações do ministro da Defesa, também ecoadas pelo Kremlin, ocorreram depois que autoridades ocidentais disseram que a invasão russa não estava progredindo tão rápido quanto Moscou esperava.
A versão da Ucrânia, da Otan e dos Estados Unidos
Um representante da presidência ucraniana, no entanto, negou, na madrugada deste sábado, que o país tenha se recusado a negociar.
Um oficial militar Otan diz que “eles (russos) estão tendo problemas”, apontando para as informações mais recentes da aliança. “Eles não têm diesel, estão indo devagar e o moral é obviamente um problema.”
Questionado se os russos provavelmente intensificarão seus esforços, o funcionário disse: “Eles precisam, estão muito atrasados. Isso está ficando fora de controle para eles, cada dia adicional é muito doloroso.”
Na tarde de sábado, a velocidade do avanço da Rússia na Ucrânia diminuiu, provavelmente devido a dificuldades logísticas e “forte resistência ucraniana”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido em comunicado baseado em atualizações de inteligência.
A maioria das mais de 150.000 forças russas que se reuniram ao redor da Ucrânia agora estão lutando no país, mas essas tropas estão “cada vez mais frustradas por sua falta de impulso” enquanto enfrentam forte resistência ucraniana, disse um funcionário do Pentágono.
Mais cedo, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, disse que as forças do país “resistiram e repeliram com sucesso os ataques inimigos”. “Os combates continuam em diferentes cidades e regiões do nosso país”, disse.
“Nós arruinamos os planos deles (russos). Eles não têm vantagem sobre nós”, afirmou o presidente sobre a tentativa das tropas da Rússia em controlar Kiev, capital da Ucrânia. Explosões e tiros foram ouvidos durante a madrugada, enquanto as tropas russas avançavam sobre a cidade.
Países europeus enviam reforços para a Ucrânia
A Alemanha, Portugal, Holanda e República Tcheca anunciaram na sexta-feira (25) e neste sábado o envio de mais suprimentos para ajudar a Ucrânia em meio ao combate contra a Rússia, iniciado na madrugada de quinta-feira (24), assim como o envio de tropas.
A República Tcheca se comprometeu a realizar um “envio de armas para a Ucrânia” no valor de mais de US$ 8,5 milhões para um “local de escolha dos ucranianos”.
Já a Holanda disse que forneceria mais poder de fogo à Ucrânia. “A Holanda fornecerá à Ucrânia 200 mísseis antiaéreos Stinger. Outros materiais de defesa já estão a caminho”, tuitou o conselheiro de defesa e relações exteriores do primeiro-ministro, Geoffrey van Leeuwen.
O governo holandês também fornecerá 50 armas antitanque Panzerfaust-3 e 400 foguetes, disse o ministério em uma carta ao parlamento.
O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, disse na sexta-feira que o país vai enviar reforços para se juntar aos soldados ucranianos no terreno para ajudar a proteger as suas fronteiras.
A Alemanha também entregará armas à Ucrânia, em uma grande mudança de política depois de resistir aos pedidos anteriores de Kiev por armamento defensivo.
“O ataque russo marca uma mudança nos tempos. É nosso dever apoiar a Ucrânia tanto quanto pudermos nos defender contra o exército de invasão de Putin. Portanto, entregaremos 1.000 armas antitanque e 500 mísseis Stinger para nossos amigos na Ucrânia”, disse o chanceler alemão Olaf Scholz.
Ucranianos fogem do país rumo a países da União Europeia
O enviado especial da CNN Brasil, Mathias Brotero, mostrou a chegada dos refugiados ucranianos ao país – assista no vídeo abaixo. Eles foram recebidos com suprimentos, como alimentos e fraldas.https://www.youtube.com/embed/-fZz-LyVh_4?embed_config=%7B%22adsConfig%22%3A%7B%22adTagParameters%22%3A%7B%22iu%22%3A%22%2F21920083859%2Fweb%2Finternacional%22%7D%7D%2C%22relatedChannels%22%3A%5B%22UC6WLCEXdr_IU4DB5V7sPkzw%22%2C%22UC7f35v8GI1O_f6x2PfeOutQ%22%2C%22UCbrVBUVa2bwYRofc-lVeAnA%22%5D%7D&enablejsapi=1
Fotos – Guerra da Rússia contra a Ucrânia
- 1 de 66Explosão é vista na capital ucraniana de Kiev na quinta-feira, 24 de fevereiroCrédito: Gabinete do Presidente da Ucrânia
- 2 de 66Diversas explosões foram registradas na Ucrânia após invasão de tropas russas na madrugada de quinta-feira (24)Crédito: Ministério do Interior da Ucrânia
- 3 de 66Fumaça sai da região que abriga o Ministério da Defesa da Ucrânia em KievCrédito: Reuters
- 4 de 66Engarrafamento registrado em Kiev, capital da UcrâniaCrédito: Reprodução/Reuters
- 5 de 66Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convoca cidadãos para luta armada e pede doações de sangue nesta quinta-feira (24)Crédito: CNN / Reprodução
- 6 de 66Moradores de Kiev deixam a cidade após ataques de mísseis das forças armadas russas e de Belarus, em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na UcrâniaCrédito: Getty Images
- 7 de 66Tanques em Mariupol após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar a invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
- 8 de 66Tanques entram em Mariupol após presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenar invasão da UcrâniaCrédito: 24/02/2022 REUTERS/Carlos Barria
- 9 de 66Longa fila de carros em Kiev, tentando sair da Ucrânia, na manhã desta quinta (24)Crédito: Reuters
- 10 de 66Espaço aéreo na Ucrânia foi completamente fechado após invasão de tropas russas no paísCrédito: CNN / Reprodução
- 11 de 66Pesssoas esperam trens em estação enquanto tentam deixar Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia iniciar um ataque em larga escala ao paísCrédito: Getty Images
- 12 de 66Estrutura danificada por um míssil em 24 de fevereiro de 2022, em Kiev, na Ucrânia. Explosão ocorreu devido a um ataque em larga escala realizada pela RússiaCrédito: Chris McGrath/Getty Images
- 13 de 66Civis de Donetsk e Luhansk, regiões com predominância de separatistas russos, em Donbass, estão se instalando em campos em Rostov, na Rússia, após a evacuação da região em 21 de fevereiro de 2022Crédito: Sefa Karacan/Anadolu Agency via Getty Images
- 14 de 66Pessoas esperam ônibus em rodoviária em tentativa de deixar Kiev, a capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022. A Rússia iniciou um ataque à Ucrânia, e expolosões vêm sendo relatadas em diversas regiões do paísCrédito: Pierre Crom/Getty Images
- 15 de 66Caminhões do exército russo passam por um posto policial em Armyansk, no norte da Crimeia, em 24 de fevereiro de 2022, após operação militar na UcrâniaCrédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
- 16 de 66Veículos militares deixam a cidade de Armyansk, no norte da Crimeia, após ataque russo na UcrâniaCrédito: Sergei Malgavko/TASS via Getty Images
- 17 de 66Tanque militar ucraniano próximo da escadaria Potenkin, no centro de Odessa, na Ucrânia, após operação militar russa em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 18 de 66Veículos militares após operação militar da Rússia, em Kramatorsk, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, no que foi classificado como maior ataque militar entre países da Europa desde a Segunda Guerra MundialCrédito: Aytac Unal/Anadolu Agency via Getty Images
- 19 de 66O bispo da Eparquia Católica Ucraniana da Sagrada Família de Londres junta-se a protesto realizado por ucranianos contra a invasão russa em Downing Street, no centro de Londres, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Yui Mok/PA Images via Getty Images
- 20 de 66Protesto em Berlim na Alemanha em apoio aos ucranianos e pedindo o fim da operação militar russa no país, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Abdulhamid Hosbas/Anadolu Agency via Getty Images
- 21 de 66Pessoas fazem filas para sacar dinheiro nos caixas eletrônicos com medo dos ataques russos em Odessa, Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Stringer/Anadolu Agency via Getty Images
- 22 de 66Mulher chora após entrar na Polônica, na fronteira entre o país e a Ucrânia, após bombardeio russo. Espera-se que o conflito crie uma onda de refugiados ucranianos que buscarão asilo na PolôniaCrédito: Dominika Zarzycka/NurPhoto via Getty Images
- 23 de 66Primeiros imigrantes ucranianos começam a entrar na Polônia, após ataque russo no paísCrédito: NurPhoto via Getty Images
- 24 de 66Foguetes militares cruzam o céu durante entrada de repórter da CNN na RússiaCrédito: CNN
- 25 de 66Pessoas formam filas nos supermercados em Kiev, Ucrânia, com medo do desabastecimento devido aos ataques russos no país, que já mataram mais de 40 soldados ucranianosCrédito: Future Publishing via Getty Images
- 26 de 66Carros fazem fila em um posto de gasolina em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty Images
- 27 de 66Metrô de Kharkiv virou abrigo improvisado, como flagrou equipe de CNNCrédito: CNN
- 28 de 66Um foguete foi registrado dentro de um apartamento após bombardeio de tropas russas em Piatykhatky, Kharkiv, nordeste da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Future Publishing via Getty ImagVyacheslav Madiyevskyy/ Ukrinform/Future Publishing via Getty Images
- 29 de 66Bombeiros ucranianos chegam para resgatar cidadãos após ataque aéreo atingir um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
- 30 de 66Um apartamento danificiado após um ataque aéreo russo em um prédio residencial em Chuhuiv, Kharkiv Oblast, na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
- 31 de 66Militares jogam itens em um incêndio do lado de fora de um prédio de inteligência em Kiev, capital da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Chris McGrath/Getty Images
- 32 de 66Avião militar dos EUA decola de base aérea em Ramstein, no estado alemão de Renânia-Palatinado, em 24 de fevereiro de 2022. Otan está fortalecendo suas tropas orientais.Crédito: dpa/picture alliance via Getty Images
- 33 de 66Fumaça escura sobe de um aeroporto militar, em Chuguyev, perto de Kiev, segunda maior cidade da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito:
- 34 de 66Posto de controle na região de Kiev danificado por disparos de artilhariaCrédito: 24/02/2022 Serviço de Imprensa do Serviço de Guarda Ucraniano/Divulgação via REUTERS
- 35 de 66Bombeiros tentam apagar incêndio em prédio residencial na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022Crédito: Wolfgang Schwan/Anadolu Agency via Getty Images
- 36 de 66Manifestantes protestam em Berlim contra invsão da Ucrânia pela RússiaCrédito: 24/02/2022REUTERS/Christian Mang
- 37 de 66Helicópteros militares russos durante voo-teste na região de RostovCrédito: 19/01/2022REUTERS/Sergey Pivovarov
- 38 de 66Bombeiros chegam para apagar fogo em edifício de apartamentos em Chuhuiv no leste da UcrâniaCrédito: Justin Yau/Sipa USA via Reuters – 24.fev.22
- 39 de 66Equipes de resgate no local de queda de avião das Forças Armadas da Ucrânia na região de KievCrédito: 24/02/2022Serviço de Imprensa do Serviço de Emergências da Ucrânia/Divulgação via REUTERS
- 40 de 66Centenas de moradores de um prédio residencial danificado por um míssil se reúnem em um abrigo antibomba no porão de uma escola em Kiev, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Getty Images
- 41 de 66Uma criança brinca no parquinho enquanto civis são vistos do lado de fora de um prédio residencial da região de Kiev, atingido durante intervenção militar russa, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 42 de 66Guardas de fronteira ucranianos que serviam no ponto de passagem de Chongar e entregaram suas armas, em 25 de fevereiro de 2022.Crédito: FSB/TASS via Getty Images
- 43 de 66Um homem olha pela janela de um apartamento danificado em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.Crédito: Getty Images
- 44 de 66Um homem caminha com seu cachorro na frente de um bloco residencial danificado por um ataque de mísseis matinal, em 25 de fevereiro de 2022, em Kiev.Crédito: Getty Images
- 45 de 66Um quarto queimado e danificado de um apartamento é visto em um bloco residencial atingido por um ataque de mísseis matinal em 25 de fevereiro de 2022 em Kiev.Crédito: Getty Images
- 46 de 66Ucraniano recolhe seus pertences após o quarto ser danificado por um míssil, em Kiev, 25 de fevereiro de 2022.Crédito: Getty Images
- 47 de 66Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 48 de 66Um veículo blindado circula no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 49 de 66Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 50 de 66Uma visão do edifício danificado em Kiev, que foi atingido por um recente bombardeio durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 51 de 66Cidadãos ucranianos chegam à Romênia cruzando a fronteira de Siret, em 26 de fevereiro de 2022, depois que a Rússia lançou uma operação militar na Ucrânia.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 52 de 66Militares ucranianos chegam da ilha de Zmeiny, em 26 de fevereiro de 2022, após se renderem voluntariamente às tropas russas. Com certos procedimentos legais concluídos, eles serão enviados de volta para suas famílias na Ucrânia.Crédito: Russian Defence Ministry/TASS
- 53 de 66O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky discursa uma mensagem em vídeo ao povo da Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Presidência da Ucrânia
- 54 de 66Um edifício residencial é danificado por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 55 de 66Um soldado ucraniano é visto atrás de pneus no bairro de Zhuliany, em Kiev, durante a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 56 de 66Bombeiros trabalham em um prédio residencial atingido por um ataque de míssil pela manhã em Kiev, enquanto a intervenção militar da Rússia na Ucrânia continua em 26 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 57 de 66Moradores do Dnipro se reúnem no Rocket Park para preparar coquetéis molotov no 4º dia desde o início dos ataques russos em larga escala no país, em Dnipro, Ucrânia, em 27 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 58 de 66Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia.Crédito: Future Publishing via Getty Imag
- 59 de 66Pessoas são fotografadas no posto de controle Uzhhorod-Vysne Nemecke na fronteira Ucrânia-Eslováquia, região de Zakarpattia, oeste da Ucrânia.Crédito: Future Publishing via Getty Imag
- 60 de 66As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 61 de 66As forças russas e os separatistas pró-russos assumem o controle da vila de Nikolaevka, região de Donetsk, Ucrânia em 27 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 62 de 66As forças de segurança ucranianas nas ruas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 63 de 66Uma mulher passa por um prédio danificado em uma rua após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 64 de 66O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky faz um discurso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 65 de 66Pessoas fazem longas filas nos supermercados após o toque de recolher ser temporariamente suspenso em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
- 66 de 66Membros das forças ucranianas inspecionam motoristas de carros procurando algo suspeio. As forças de segurança ucranianas aumentam as medidas em meio a ataques russos em Kiev, Ucrânia, em 28 de fevereiro de 2022.Crédito: Anadolu Agency via Getty Images
Qual é o tamanho dos exércitos da Rússia e Ucrânia?
A realidade é que há uma grande diferença entre o exército ucraniano e o exército russo. “Este não é o mesmo exército russo que estava em ruínas logo após a Guerra Fria“, diz o analista Jeffrey Edmonds, do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
“É um exército muito móvel, bastante moderno e bem treinado, com uma força aérea muito saudável, grandes forças terrestres, muito controle de artilharia, navios pequenos com muita capacidade para missões de ataque ao solo”. Veja comparação abaixo:
- ORÇAMENTO MILITAR DE 2021
Ucrânia: U$ 4,1 bilhões
Rússia: US$ 45,3 bilhões
- TROPAS ATIVAS
Ucrânia: 219 mil soldados
Rússia: 840 mil soldados
- AERONAVES DE COMBATE
Ucrânia: 170
Rússia: 1.212
- HELICÓPTEROS DE ATAQUE
Ucrânia: 170
Rússia: 997
- TANQUES DE GUERRA
Ucrânia: 1.302
Rússia: 3.601
Ucrânia: 2.555
Rússia: 5.613
Resumo para entender o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer da quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país.
O presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev. De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.
Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
*Com informações da CNN Internacional e da Agência Reuters, além de Giulia Alecrim, Vinícius Bernardes, Léo Lopes, Giovanna Galvani, Tiago Tortella, Renata Souza, Vinícius Tadeu, Henrique Melo e André Rigue da CNN Brasil