O Governo da Paraíba deve tomar medidas mais duras, caso o impasse entre os militares não seja resolvido e os agentes de segurança decidam abandonar suas funções para promover uma greve. Em entrevista ao Programa Hora H, da Rede Mais Rádio, nesta segunda-feira (24), o secretário de Comunicação do Estado, Nonato Bandeira, fez um panorama sobre o assunto.
Nonato classificou o conflito entre setores da categoria e o governo como de ordem política e motivado por opositores do governador João Azevêdo (Cidadania). Na visão de Bandeira, as propostas apresentadas dentro de um contexto de pandemia foram bem aceitas pela categoria, mas, sustenta o secretário, há lideranças interessadas no confronto.
“Depois de tanto tempo sem ter um aumento salarial, o Governo do Estado consegue, com muito esforço e muito equilíbrio, proporcionar um aumento significativo para todas as categorias nesse momento difícil. Todos praticamente aceitaram. Infelizmente tem uma liderança no movimento da Polícia Militar que parece não querer uma negociação resolvida e sim um conflito. Temos uma eleição pela frente e têm se criado um clima de instabilidade nas forças de segurança”, criticou.
Nonato Bandeira revelou que, se não houver acordo e o clima de instabilidade persistir, o Estado estuda tomar medidas mais duras. “O governador tá decidido de fazer negociação com as categorias, mas também manter a ordem, a disciplina e o respeito a sociedade paraibana. Contra esses setores, o governo vai tomar as providências. Se for possível, vai recorrer à Justiça e ao Ministério Público. O governador não vai tolerar bagunça, baderna e insubordinação das tropas”, completou.
O governador João Azevêdo ofereceu às categorias (policiais e bombeiros militares, policiais civis e penais) propostas semelhantes: aumento de 10% no salário e incorporação de 100% da bolsa de desempenho. Nesse fim de semana, foi publicada a Medida Provisória com o aumento e a bonificação para as classes.
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