Janeiro Roxo: Saúde promove qualificação multiprofissional em hanseníase

Janeiro Roxo: Saúde promove qualificação multiprofissional em hanseníase

“Quanto mais cedo descobrir e se tratar, maior a chance de evitar sequelas’’ é o tema da campanha ‘Janeiro Roxo’, alusiva ao Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase e ao Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, que transcorre no último domingo de janeiro. Nos próximos dias 17 e 18 (segunda e terça), a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas, promoverá uma qualificação multiprofissional em hanseníase para médicos, enfermeiros e fisioterapeutas da Atenção Básica de Santa Rita. O evento será no auditório do IFPB, no Campus daquele município, das 8h às 12h. 

“A finalidade do evento é proporcionar aos municípios ferramentas para facilitar o diagnóstico oportuno e promover rotina de busca ativa de casos novos de hanseníase, doença crônica, de notificação compulsória, transmitida pelo Mycobacterium Leprae, que é um bacilo com capacidade de infectar um grande número de pessoas. Atinge, preferencialmente, a pele e nervos periféricos e pode causar lesões neurais devido ao seu alto poder incapacitante”, explicou a chefe do Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas, Anna Stella.

A transmissão ocorre pela eliminação do bacilo pelas vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato próximo e prolongado com pessoas doentes e sem tratamento. Estima-se que 90% das pessoas são naturalmente resistentes ao bacilo e apenas 10% são susceptíveis a infecção, podendo apresentar-se de diferentes formas.

Os principais sinais e sintomas são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, sem pelos e que não coçam, com alteração de sensibilidade (térmica, dolorosa ou tátil) e/ou da força muscula, podendo surgir dor e sensação de choque, formigamento e dormência, ao longo dos nervos dos braços e das pernas. Para o controle da doença e interrupção da cadeia de transmissão é imprescindível que sejam feitos diagnóstico precoce, tratamento regular e avaliação de contatos. 

De acordo com a programação, no dia 17, será abordado o tema “Definição Epidemiologia e Diagnóstico”, com a facilitadora médica Luciana Trindade e, no dia 18, “Tratamento e Reações Hansênicas”, com a médica Francisca Estrela. 

A Paraíba diagnosticou 373 casos novos de hanseníase, no ano de 2021, e, destes, 14 com idade menor de 15 anos. Este último dado revela pessoas doentes sem tratamento convivendo com crianças e jovens, quando considerado o longo período de incubação para o aparecimento dos sintomas. Outra questão importante refere-se às incapacidades físicas que podem surgir quando há um diagnóstico tardio. 

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