Os vereadores de situação, Eliza Virgínia (PP), e oposição Marcos Henriques (PT), discutiram a respeito do Projeto de Lei aprovado pelo plenário da Câmara de Vereadores de João Pessoa, que proíbe o passaporte vacinal em João Pessoa. O embate aconteceu no programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, nesta quarta-feira (22). Apesar de ser de oposição, Marcos Henriques afirmou que acredita que Cícero Lucena (PP) irá vetar o PL. “Pela primeira vez estou concordando”, disse. Já Eliza afirmou que, caso o prefeito vete o projeto, irá buscar derrubá-lo.
A vereadora lembrou de outras situações em que o governo obriga a população a fazer algo [como votar, por exemplo]. “Mas uma obrigatoriedade dessa, de injetar no seu corpo mesmo que tenha lido na bula, que não acredite.. não sou contra a vacina, inclusive sou vacinada, mas sou contra o passaporte”, disse.
Para Eliza, desobrigar a vacinação não vai prejudicar a imunização. Já Marcos Henriques apontou que os negacionistas se colocaram contrários a todas as formas de prevenção da covid-19, como as máscaras, o distanciamento, o isolamento social, contra as vacinas e agora contra o passaporte vacinal.
Cícero veta ou não?
“O governador João Azevêdo (Cidadania) [que é aliado de Cícero] já tem uma postura de exigir o passaporte, sancionou a lei [que estabelece a obrigatoriedade na Paraíba] e a maior cidade da Paraíba ter a cassação? Eu acho que Cícero está coerente com a saúde [ao vetar o PL]. É preciso discutir a volta do crescimento econômico. Acho que vindo uma nova cepa para o Brasil é pior [sem pessoas vacinadas]. A não obrigatoriedade do passaporte incentiva as pessoas a não se vacinarem”, acredita Marcos Henriques.
Eliza apontou que caso o prefeito vete a proposta, vai trabalhar para derrubar esse veto. Ela afirmou que se vacinou, mas que não obrigaria seus filhos, se fossem crianças, a se vacinarem. Ela citou casos de reações adversas das vacinas em adolescentes e crianças. Ela apontou que a vacinação seria uma armação da indústria farmacêutica para lucrar.
“Não sou contra a vacina para quem queira tomar. Concordo que depois da vacinação houve uma interrupção de morte em todo o mundo, mas tem pessoa que não podem tomar porque se tomarem elas que morrem. O direito à vida é inviolável”, disse Eliza Virgínia.
Marcos lembrou que a probabilidade de se contaminar após tomar a vacina é bem menor e que o passaporte vai incentivar as pessoas a se vacinarem. “É uma medida preventiva. A resolução do problema da doença é através da vacina. O passaporte colabora com essa estratégia. A Pfizer tem uma vacina direcionada para crianças, testada nos Estados Unidos em mais de cinco milhões de crianças, sem nenhum óbito. A ideologização dessa discussão apequena a resolução do problema”, completou.
- Marília Domingues/Paraíba.com