A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente “Alice de Almeida” (Fundac) realizou nesta semana a 1ª Mostra de Curta-Metragem da Socioeducação, um evento dedicado à exibição de obras audiovisuais produzidas nas disciplinas das Escolas Cidadãs Integrais Socioeducativas e que teve sua culminância no Teatro Ednaldo do Egypto, com a solenidade de premiação dos melhores trabalhos.
A 1ª Mostra de Curta-Metragem da Socioeducação foi uma ação planejada e executada pela Diretoria Técnica da Fundac, por meio dos setores de Educação e Esporte, Cultura e Lazer, com a finalidade de desenvolver a capacidade crítica, o trabalho em grupo, a criatividade e o protagonismo dos socioeducandos através do fazer educativo nas artes cênicas que abordem temas de interesse nas disciplinas dos componentes curriculares no decorrer do ano letivo.
De acordo com Rafael Honorato, coordenador de Educação, a ideia da Mostra de Curta-Metragem partiu do número de produções de trabalhos audiovisuais que os professores produzem durante a aplicação das disciplinas. “Foi uma forma de valorizar essas práticas e estimular os socioeducandos no processo de inserção nas artes cênicas que complementasse as experiências já existentes na socioeducação através da arte, cinema e mídias”, explicou.
Nilton Santos, coordenador de Esporte, Cultura e Lazer da Fundac, destacou que a 1ª Mostra de Curta-Metragem nasce como um potente instrumento de arte e educação na comunidade socioeducativa do estado. “Fiquei muito feliz com a excelente participação dos professores nesta primeira edição. Esperamos que a próxima Mostra possa ampliar ainda mais a produção de vídeos feitos pelos professores da Escola Cidadã Integral Socioeducativa. Considero esta ação um grande avanço para a socioeducação”, comentou.
A proposta do setor de Educação em parceria com o setor de Esporte, Cultura e Lazer da Fundac é ampliar essa experiência por meio de uma oficina de curta-metragem para os professores, como forma de ferramenta pedagógica para que eles possam utilizar no dia a dia, durante as aulas. “O que a gente puder fazer no eixo Educação, em articulação com os demais eixos que compõem a diretoria técnica da Fundac, para estimular cada vez mais os docentes nas Unidades Socioeducativas, nós faremos”, disse Rafael, agradecendo à presidente da Fundac e à diretora técnica pelo apoio e suporte necessário para que a Mostra fosse possível.
Para Tatiana Pinangé, diretora da Escola Cidadã Integral Socioeducativa Almirante Saldanha, a escola ter participado da 1ª Mostra de Curta-Metragem da Fundac foi uma boa oportunidade para expor um pouco das produções artísticas elaboradas durante o ano letivo. “Foram momentos muito intensos de construção coletiva, proporcionando o protagonismo dos estudantes em todo processo criativo”, ressaltou.
“Com o desafio do modelo híbrido, estamos sempre tendo que inovar nossas metodologias pedagógicas e poder utilizar os recursos de audiovisual trouxe uma dinâmica que conseguiu envolver os estudantes e a escola também teve a oportunidade de mostrar todo o processo humanizado que utilizamos para garantir o ensino e a aprendizagem dos estudantes durante seu período de internação”, acrescentou a diretora da ECIS.
Participaram da 1ª Mostra de Curtas-Metragens trabalhos de oito professores da Escola Cidadã Integral Socioeducativa: “A Liberdade é o meu Projeto de Vida”, dirigido por Nita Keoma Lustosa de Sousa (Lar do Garoto); “A dona da empresa era a faxineira”, por Inglith Conceição (CSE); “No ping-pong da vida… haverá sempre uma oportunidade” por Walter Gomes de Albuquerque (CEA/JP); “Deus Luz nas Letras”, por Joelma dos Santos Silveira (CSE); “O Gato do C$E”, por Adeilson de Morais Ferreira (CSE); “A Semente do Amanhã”, por Cinthya Daniely dos Santos Nascimento (Rita Gadelha); “Podia ser fácil… É possível!”, por Larissa de Farias Barreto (CSE); e “A partilha vantajosa dos 35 cavalos”, por Cassiana de Morais Souza (CSE).
Os curtas-metragens foram avaliados por um júri composto por três profissionais da área de audiovisuais: João Carlos Beltrão, formado em jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB (onde atua como técnico de audiovisual), especialista em direção de fotografia; a cineasta Mercicleide Ramos, formada em Rádio e TV pela UFPB, com especialização e mestrado na produção audiovisual de pequenas mídias móveis; e o também cineasta Lúcio César, formado em Rádio e TV pela UFPB.
Durante a solenidade de encerramento da Mostra, apresentada por Andreina Gama (coordenadora de Diversidade Étnico-Racial, Gênero e Orientação Sexual) e Orlando Júnior (jornalista, produtor cultural e oficineiro do eixo Esporte, Cultura e Lazer), a presidente da Fundac, Waleska Ramalho, fez a entrega da premiação dos três melhores filmes, melhor diretor, melhor roteiro, melhor direção de arte, melhor ator, melhor atriz, melhor maquiagem, melhor elenco, melhor som e melhor fotografia, além de quatro menções honrosas propostas pelo júri.
Receberam as quatro menções honrosas a direção dos filmes “Deus Luz nas Letras” e “A partilha vantajosa dos 35 cavalos” pela importância da temática; E.C.S.A pela atuação como ator coadjuvante em “A dona da empresa era a faxineira”; o educador Walter Gomes pela iniciativa de utilizar o esporte como ferramenta inclusiva no filme “No ping-pong da vida… haverá sempre uma oportunidade”; e a professora/atriz Inglith Conceição pela dupla atuação como faxineira e empresária no filme “A dona da empresa era a faxineira”.
O prêmio de melhor roteiro, atriz e fotografia ficou com o filme “A Semente do Amanhã”; de melhor direção, direção de arte e ator ficou com o filme “O Gato do C$E”; melhor montagem e maquiagem com o filme “A liberdade é meu projeto de vida”; melhor elenco com o filme “No ping-pong da vida… haverá sempre uma oportunidade”; melhor figurino com o filme “A partilha vantajosa dos 35 cavalos”; e melhor som com o filme “Podia ser fácil… É possível”.
Os melhores filmes da 1ª Mostra de Curta-Metragem da Socioeducação ficaram com: 1° lugar, “A Semente do Amanhã”, por Cinthya Daniely (premiação de 500 reais); 2° lugar, “A liberdade é meu projeto de vida”, por Nita Keoma (premiação de 300 reais); e 3° lugar, “Podia ser fácil… É possível!”, por Larissa de Farias (premiação de 200 reais).
A professora de Artes Cinthya Nascimento acredita que o filme “A Semente do Amanhã” veio como uma luva para o momento que a unidade feminina Rita Gadelha está vivenciando. “Estamos em um momento maravilhoso, produtivo e de paz, apesar das dificuldades enfrentadas pela pandemia. Nossas alunas são muito interessadas nos estudos e isso tem facilitado muito os trabalhos escolares. Quero agradecer o incentivo da Fundac em desenvolver esse projeto com os professores e parabenizar o empenho desses profissionais da educação em participar da Mostra. Precisamos de mais momentos como esse”, disse a professora.
