Paraíba registra um transplante de órgãos ou tecidos a cada 30 horas

Paraíba registra um transplante de órgãos ou tecidos a cada 30 horas

Dados consolidados pela Central Estadual de Transplantes, de janeiro até a última sexta-feira (10), registram 232 transplantes de córneas, três transplantes de coração, 14 de fígado, 16 de rim e oito de medula óssea. Já são 273 pacientes beneficiados nesse período e os números equivalem a um transplante registrado a cada 30 horas.

Foram retirados este ano, no estado, 64 órgãos, sendo três corações, 20 fígados e 41 rins. Deste total, 31 foram transplantados na Paraíba e 33 foram encaminhados para Centrais de Transplantes de outros estados.

Dos 24 doadores efetivos, que são aqueles que doaram ao menos um órgão sólido, 15 foram de João Pessoa e nove, de Campina Grande. Os hospitais que mais registraram doações foram o Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena seguido do Hospital de Trauma dom Luiz Gonzaga Fernandes.

Os números apresentados mostram uma recuperação expressiva, após um período de queda ocasionada pela pandemia. Enquanto este ano, o estado contabiliza 273 transplantes realizados até o momento, em 2020 foram apenas 72.

“Os dados que temos em 2021 são muito positivos e refletem o total apoio da Secretaria de Saúde do Estado, e o trabalho sério e dedicado que toda a equipe da Central de Transplantes vem realizando com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de cada pessoa que aguarda por um órgão, além de mudar a vida  de seus familiares”, pontuou a chefe do Núcleo de Ações Estratégicas da Central Estadual de Transplantes, Rafaela Carvalho.

Outro ponto observado este ano é o aumento dos consentimentos familiares para a doação de órgãos, especialmente no Sertão do estado. Fato atribuído ao trabalho de sensibilização feito na região pela Central de Transplantes, no último mês de setembro.

A doação de órgãos permite que várias pessoas em lista de espera para transplantes tenham a perspectiva de sobrevivência. De acordo com o secretário de estado da saúde, Geraldo Medeiros, o objetivo do Governo do Estado é ampliar os investimentos na área para viabilizar um crescimento ainda maior em 2022.

“Temos trabalhado para melhorar as condições dos hospitais que fazem a captação de órgãos. E com o aumento das famílias sensibilizadas à doação, com certeza vamos diminuir a fila que tem, atualmente, 502 pessoas esperando por um órgão”, disse.

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