Preço da gasolina aumentou cerca de 60% em menos de um ano em João Pessoa

Preço da gasolina aumentou cerca de 60% em menos de um ano em João Pessoa

O consumidor que vai ao posto em busca de abastecer o carro ou moto tem visto cada vez mais o dinheiro investido render uma quantidade menor de gasolina.

Em um ano, o preço do combustível aumentou aproximadamente 60% em João Pessoa, maior cidade do estado.

No fim de outubro do ano passado, o menor preço do litro vendido na capital era de R$ 4,07. No levantamento feito essa semana pela Secretaria de Proteção em Defesa do Consumidor (Procon-JP), mostra que o produto custa em média R$ 6,50, chegando em algumas ocasiões a custar R$ 6,719 no cartão de crédito.

Sindicato prevê novos aumentos 

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado da Paraíba (SINDIPETRO-PB), Omar Hamad, uma nova alta de preços na gasolina está por vir.

“Essa é uma preocupação nacional dos donos de postos. São sucessivos aumentos. A grande maioria está represando os valores. Não tem como repassar o valor todo, pois passaria acima de 7 reais, como já se encontra em outros estados. Enquanto for dessa forma, seguindo os parâmetros internacionais, tem mais alta ainda por vir”, disse o presidente do SINDIPETRO-PB, em entrevista à Rede Mais.

Omar explicou que o Sindicato não tem mais controle dos valores que são praticados, uma vez que a política de preços da Petrobras está ligada ao valor do barril do petróleo que é comercializado em dólar.

“Está muito claro para a população que é essa política de preço que atrela o dólar ao barril de petróleo. O combustível está caro no mundo inteiro, só que o poder aquisitivo do brasileiro não é compatível ao restante do países”, frisou Omar Hamad.

Gasolina acumula alta de 73% em 2021 

Petrobras, fachada Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O aumento mais recente anunciado pela Petrobras na gasolina foi em outubro de 2021. Apenas neste ano, o produto registrou uma alta de 73%, já o diesel acumula 65,3%.

A estatal argumentou que os reajustes garantem que o mercado continue sendo atendido e sem riscos de desabastecimento.

ICSM está congelado no estado 

A Paraíba e outros estados aprovaram no fim do mês passado o congelamento do valor nominal dos combustíveis, que serve de base de cálculo para a cobrança do ICMS, por 90 dias.

Com a proposta aprovada por unanimidade do Confaz, os preços nominais de todos os combustíveis (gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha), estipulado pelo Governo da Paraíba e os demais 26 Estados, vão permanecer sem qualquer alteração, no período de 1º de novembro de 2021 até 31 de janeiro de 2022. O Confaz é o colegiado formado pelos secretários de Fazenda dos Estados, do Distrito Federal e do Ministério da Economia.

Marialvo Laureano, secretário de Estado da Fazenda

“Essa medida do Confaz vai ajudar os orçamentos das famílias e das empresas de forma ainda pontual, pois não é a melhor solução, mas também vai mostrar que o Projeto de Lei aprovado pela Câmara dos Deputados, que refaz a base de cálculo do ICMS ser retroativo em dois anos, é uma anomalia tributária e que o aumento do preço dos combustíveis ocorre em razão da política de preços da Petrobras e não devido aos Estados”, afirmou o secretário de Estado da Fazenda (SEFAZ), Marialvo Laureano.

Segundo o secretário, a aprovação do congelamento do valor nominal dos combustíveis, por 90 dias, “vai demonstrar de forma explícita à sociedade que o reajuste frequente dos combustíveis é culpa exclusivamente da política de preços da Petrobrás, baseado no preço do barril de petróleo do mercado internacional e na variação cambial e repassado aos consumidores. Nós vamos manter o mesmo valor nominal para a cobrança do ICMS durante esses três meses e vamos observar o que vai acontecer com o preço dos combustíveis nas refinarias, nas distribuidoras e nos postos de revenda nesse período”, apontou.

MaisPB

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