Conforme advogados, Marcos Antônio Pereira Gomes compareceu à Polícia Federal em Joinville na tarde desta terça-feira (26). Ele foi alvo de mandado de prisão expedido pelo STF, em ação que investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Investigado por incitação a atos violentos e antidemocráticos, o caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, apresentou-se espontaneamente à Polícia Federal em Joinville, no Norte de Santa Catarina, nesta terça-feira (26), informou a defesa dele. Ele foi preso preventivamente. Gomes estava foragido desde o início de setembro.
De acordo com a nota da defesa dele, Gomes “está a dispor da Justiça para provar sua inocência”. O advogado Elias Assad afirmou à NSC TV que vai pedir a liberdade do caminhoneiro.
Caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão — Foto: Reprodução/Redes sociais
A Polícia Federal afirmou por nota que Gomes se entregou às 14h na delegacia da cidade. O caminhoneiro é morador de Joinville. A PF afirmou que ele não foi interrogado e foi encaminhado ao presídio da cidade. A prisão foi feita em cumprimento de mandado feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 1º de setembro.
Em setembro, Gomes foi localizado pela PF no México, no período em que estava foragido.
Investigação
O caminhoneiro foi alvo de um mandado de prisão em 20 de agosto expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A ação investiga incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
Segundo o despacho de Moraes, a Procuradoria Geral da República (PGR) sustenta que postagens e vídeos publicados demonstram que o caminhoneiro teria convocado a população, por meio das redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos.
Sede da Polícia Federal em Joinville — Foto: Reprodução/NSC TVhttps://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Ainda segundo o documento, as justificativas das medidas cautelares levaram em consideração “a atuação dos investigados na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o estado de direito e suas instituições”.
Enquanto estava foragido, Gomes ficou em um hotel no México, conforme a PF. Nas redes sociais, ele divulgou vídeo no qual relata que representantes da embaixada brasileira procuraram o hotel em que ele estava.
A defesa do caminhoneiro comentou o tempo em que Gomes estava foragido. “Essa questão da ida ao México nós não vimos ilegalidade porque ele saiu legalmente do Brasil e entrou legalmente no México. Depois, com o advento da prisão dele, ele ficou um pouco indeciso se deveria ou não se apresentar e, ouvindo agora aconselhamentos profissionais, aconselhamento da família, ele resolve se apresentar”, afirmou Assad.
O advogado não soube informar se Gomes veio direto do México para se apresentar à PF de Joinville.
G1