Nem mesmo a contrariedade do então deputado Ivandro Cunha Lima, intimamente comovido entre a amizade pessoal com José Maranhão e o afeto do irmão, Ronaldo Cunha Lima, fez o tradicional clã político se dividir no épico racha do PMDB em 1998. Prevaleceu a unidade, a despeito dos traumas individuais.
Pela primeira vez, em toda sua longeva e tradicional história, o grupo campinense pode partir dividido para um processo eleitoral estadual, 2022, pra ser mais exato.
É o que já se prenuncia em forma de risco iminente, caso consolide-se o que começa a se desenhar no campo do pragmatismo: uma união entre o ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD) ao governador João Azevêdo (Cidadania) e a presumida candidatura do senador Veneziano Vital (MDB) ao governo. Uma coisa influenciando noutra.
O Blog já tratou dos três pratos na mesa do agrupamento. Análise que ganha contornos de realidade prática com aliados de Romero estimulando a aproximação e o cassismo repelindo a conjectura e abrindo a guarda para diálogo com Veneziano.
Já é possível até visar a divisão das infantarias. Cássio, Pedro e Bruno com tendência de, nesse cenário, optar por um acordo com o emedebista, e os atores leais a Romero se solidarizarem com seu líder, ante deixar o amigo para trás pelo sacrifício de votar com o inimigo de homéricas divergências.
Tudo é muito cedo, mas essas reflexões já estão discretamente no tabuleiro de quem pensa e respira política 24 horas no PSDB e PSD. Se a divergência dramática se consumar, o que seria inédito em décadas, as consequências são imprevisíveis. A curto, médio e longo prazos.
Heron Cid – MaisPB